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Experimente, porém, sacar a carteira... (L. 18) Assinale a alternativa em que a alte...

Responda: Experimente, porém, sacar a carteira... (L. 18) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura anterior tenha sido feita observando correta relação entre pessoas do discurso e formas ver...


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Presente perfeito

Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade do Natal para discutir o presente perfeito. Num mundo perfeitamente racional, ninguém nem pestanejaria antes de presentear seus familiares e amigos com dinheiro vivo.

Em princípio, nada pode ser melhor. Elimina-se o risco de errar, pois o presenteado escolhe o que quiser, e no tamanho certo. Melhor, ele pode juntar recursos de diversas origens e comprar um item mais caro, que ninguém sozinho poderia oferecer-lhe.

Só que o mundo não é um lugar racional. Se você regalar sua mulher com um caríssimo jantar na expectativa de uma noite tórrida de amor, estará sendo romântico. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o mesmo fim, torna-se um simples cafajeste.

Analogamente, você ficará bem se levar um bom vinho para o almoço de Dia das Mães na casa da sogra. Experimente, porém, sacar a carteira e estender-lhe R$ 200 ao fim da refeição e se tornará “persona non grata” para sempre naquele lar.

Essas incongruências chamaram a atenção de economistas comportamentais, que desenvolveram modelos para explicá-las. Aparentemente, vivemos em dois mundos distintos, o das relações sociais e o da economia de mercado. Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo tem como marca indexadores monetários e contratos. Sempre que misturamos os dois registros, surgem mal-entendidos. O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe que, no mundo das relações sociais, o presente serve para aliviar culpas: ofereça ao presenteado algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar naquele restaurante chique ou um perfume um pouco mais caro. O que você está lhe dando, na verdade, é uma licença para ser extravagante.

Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o sucesso de vales-presentes e congêneres, que nada mais são que dinheiro com prazo de validade e restrições de onde pode ser gasto.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 4/12/2011, com adaptações)

Experimente, porém, sacar a carteira... (L. 18) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura anterior tenha sido feita observando correta relação entre pessoas do discurso e formas verbais.

Usuário
Por Yara Raquel Diniz Goveia em 22/06/2024 18:28:08
Para determinar qual das alternativas apresenta a correta relação entre pessoas do discurso e formas verbais, vamos primeiro analisar a frase original: "Experimente, porém, sacar a carteira...".

Aqui, "Experimente" está no modo imperativo, segunda pessoa do singular na forma formal (você), ou terceira pessoa do singular.

Vamos verificar cada alternativa:

a) **Experimentes, porém, sacar tua carteira...**
- "Experimentes" é o imperativo afirmativo na forma tu (segunda pessoa do singular). No entanto, a forma correta do imperativo afirmativo para tu é "Experimenta", não "Experimentes". Além disso, "tua carteira" concorda com "tu", mas o verbo não está correto.
- Incorreta.

b) **Experimenta, porém, sacar tua carteira...**
- "Experimenta" é o imperativo afirmativo para tu (segunda pessoa do singular), e "tua carteira" está corretamente concordando com tu.
- Correta.

c) **Experimentais, porém, sacar vossa carteira...**
- "Experimentais" é o imperativo afirmativo para vós (segunda pessoa do plural), e "vossa carteira" concorda com vós.
- Correta.

d) **Experimenteis, porém, sacar vossa carteira...**
- "Experimenteis" não é uma forma correta do imperativo afirmativo. A forma correta para vós seria "Experimentai".
- Incorreta.

As alternativas b e c estão ambas corretas, mas a forma que mais se alinha com o uso comum e mais direto do português moderno é a alternativa b.

Portanto, a alternativa correta é:

b) **Experimenta, porém, sacar tua carteira...**