Quando as potências europeias empreenderam a exploração de
naturezas distantes como uma questão de importância
econômica, política e científica, a produção de imagens
representou uma prática central por investigar a natureza
imperial e incorporá-la na ciência europeia. As expedições
europeias da época (século XVIII e XIX) empregavam artistas que
produziam grandes números de ilustrações sobre a natureza. Os
naturalistas desenvolveram formas especializadas de ver através
do treinamento multimídia que envolveu plantas, textos e
imagens. O trabalho de representação da natureza exigia práticas
de observação cuidadosamente conduzidas e fortemente
aplicadas e representadas. Treinados como observadores e
representantes e trabalhando em estreita colaboração com os
artistas, os naturalistas construíram uma cultura visual baseada
em padrões.
Adaptado de: BLEICHMAR, Daniela. Visible empire: botanical expeditions and visual
culture in the Hispanic Enlightenment, Chicago: The University of Chicago
Press,2012, pp. 7.-8.
A respeito da relação entre ciência e artes nas expedições
europeias nos séculos XVIII e XIX, é correto afirmar que as
ilustrações científicas
a) Refletiram a curiosidade do artista apenas pela natureza
familiar europeia e excluiu qualquer singularidade.
b) Representaram a natureza revelando exclusivamente seu
valor estético.
c) Organizaram os elementos naturais, considerados exóticos,
através da autonomia criativa do artista.
d) Representavam fidedignamente a realidade com base no
movimento artístico expressionismo europeu.
e) Consideravam as convenções artísticas vigentes ao
corresponder com interesses imperiais.