Pela primeira vez, a “arte de conviver com a diferença” tornou-se um problema no cotidiano. Esse problema só pôde se
materializar em um momento em que as diferenças entre as pessoas deixaram de ser percebidas apenas como fontes
temporárias de irritação. Ao contrário do passado, a realidade de viver na estrita proximidade de estranhos parece algo que
chegou para ficar; assim, exige que se desenvolvam ou se adquiram habilidades que possibilitem a coexistência diária com
modos de vida diferentes dos nossos; uma coexistência, além disso, que se mostrará não apenas sustentável, mas mutuamente
benéfica – não apesar das diferenças que nos dividem, mas em função delas. A noção de “direitos humanos”, hoje promovida
como substituta da ideia de direitos territorialmente determinados (e, na prática, territorialmente limitados), ou, por assim
dizer, “direitos por pertencimento”, é, afinal, e em última análise, o direito à diferença. (BAUMAN, 2013, p.38.)
a) A educação tem por finalidade proporcionar condições de entrada e aumento da cidadania, mediante a métodos educativos
de sistematização das noções socialmente acumulados pela humanidade, destacando o papel da escola na formação do
cidadão, utilizando métodos que ensinem conteúdos historicamente produzidos pela sociedade.
b) Valorizar a diversidade cultural presente nas escolas é dar voz a todos os alunos, um ambiente educacional multicultural é
mais vantajoso tanto para os educandos quanto para os educadores. Assim, no âmbito educacional, deverá haver um diálogo
intercultural para que a integração seja plena, de modo a proporcionar um integral acesso à educação.
c) A promoção da inclusão é um papel relevante para a valorização cultural dos indivíduos, não é um processo simplório, requer
do professor, do currículo escolar um olhar atento, sensibilidade e respeito para incluir na prática pedagógica ações que
visam abordar temas referentes, a cultura dos estudantes em sala de aula de forma a valorizá-la enquanto legado social.
d) Diante de padrões culturais e de sua diversidade, as pessoas e os grupos de culturas diferentes têm facilidade de estabelecer
um relacionamento em grupos, com capacidade nata de responder e agir, por meio de determinados comportamentos. Ao
longo da história é possível constatar que, de um lado, essas relações sempre foram favoráveis; porém, de outro lado, elas
não têm contribuído para o desenvolvimento dos diferentes grupos culturais em seus diversos contextos.