“Todos os homens por natureza tendem ao saber. Sinal disso é o amor pelas sensações: com
efeito, eles amam as sensações por si mesmas, ainda que de forma independente de sua
utilidade, e, mais do que todas, amam a sensação da vista. Com efeito, não apenas os fins da
ação, mas também sem ter alguma intenção de agir, preferimos o ver, em certo sentido, a todas
as outras sensações. E o motivo está no fato de que a vista nos faz conhecer mais do que todas
as outras sensações e nos torna manifestas numerosas diferenças entre as coisas.”
Fonte: Aristóteles. Metafísica . In: Reali, G. & Antiseri, D. História da Filosofia – Filosofia Pagã Antiga. Volume 1.
São Paulo: Paulus, 2023.
A Filosofia Aristotélica é tão ampla como sua importância. Dividida em muitas disciplinas como
a Lógica, a Física e a Ética. Sobre a Metafísica em Aristóteles, podemos afirmar como CORRETO :
a) A metafísica aristotélica é a principal das ciências poiéticas, pois tende à produção de
determinadas coisas. O materialismo de Aristóteles coloca sua forma de pensar como
semelhante à arte da marcenaria ou à arte do oleiro.
b) Dentre as definições da metafísica aristotélica se destacam: a disciplina que indaga sobre as
causas ou princípios supremos (ousiologia); a que indaga sobre a substância (etiologia); a
que indaga sobre o ser (eupraxia); e a que indaga sobre o que é a verdade (gnosiologia).
c) As quatro causas apresentadas por Aristóteles na sua pesquisa sobre os princípios primeiros
foram: causa formal; causa material; causa teleológica; e causa escatológica.
d) As categorias são aquilo que se apresentam de modo causal e fortuito em cada coisa que
existe, e que, assim, são aquilo que mais de acidental está presente em tudo o que há. As
categorias são expressão do verdadeiro, pois material.
e) A realidade mais perfeita, para Aristóteles, é o ser vivo e, mais propriamente, esse é dotado
de inteligência. Deus, por sua vez, é a vida e é a inteligência. A condição da perfeição do
Divino, o coloca como podendo pensar apenas o que é igualmente perfeito. O Deus
aristotélico é, assim, o “pensamento que pensa a si mesmo”, ou ainda, o “pensamento de
pensamento”.