“Se decorreu um espaço de tempo de cerca de meio século entre a industrialização da GrãBretanha e a do continente [europeu], transcorreu um espaço ainda maior a organização da
unidade nacional. A Itália e a Alemanha só chegaram ao estágio da unificação durante a
segunda metade do século XIX, unificação essa que a Inglaterra já alcançara séculos antes [...].
As classes trabalhadoras desempenharam um papel vital nesse processo de construção do
Estado [na Europa Continental], o que fortaleceu ainda mais a sua experiência política.”
Texto extraído de: POLANYI, Karl. A grande transformação : as origens de nossa época; tradução: Fanny Wrobel.
2ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000, p. 211. Sobre as relações entre a classe trabalhadora e a consolidação dos Estados Europeus, conforme
análise de Polanyi, é CORRETO afirmar:
a) Ao não incluir uma legislação social, a unificação alemã diferenciou-se do processo de
centralização do Estado que acontecia no resto do continente europeu.
b) Ao dispensar o apoio das classes trabalhadoras, a centralização política do Império AustroHúngaro diferenciou-se do processo de fortalecimento do Estado que acontecia no resto do
continente europeu.
c) Como na Inglaterra, a industrialização da Europa Continental teve como uma de suas
principais consequências o depauperamento das condições de vida dos trabalhadores.
d) Na Europa continental, a associação entre a aristocracia e a burguesia (inclusive por uniões
matrimoniais) fez com que a classe trabalhadora não participasse das lutas burguesas contra
o feudalismo e das conquistas de direitos.
e) O trabalhador da Europa continental ascendeu de servo feudal para a condição de operário
e, depois, para o de operário sindicalizado com participação política, escapando da
catástrofe social que acompanhou a Revolução Industrial inglesa.