Leia o caso a seguir.
Paciente, G.M, 24 anos, sexo feminino, chega ao Pronto
Socorro, acompanhada pelo esposo, que relata que nas 5
últimas semanas, a paciente vem se tornando gradativamente
mais reclusa, calada, de maneira insidiosa. Na semana anterior,
chorava bastante, não sabendo explicar o motivo do choro e
das suas emoções. Há cerca de 15 dias, vem recusando se
alimentar, de maneira ativa, com perda ponderal importante
(cerca de 10 Kg nesse período). Há dois dias, tentou tirar a
própria vida, com enforcamento, sendo salva pelo esposo.
Durante a entrevista, apresentava fala lenta, com grande
latência nas respostas. A paciente relata que não quer comer
porque não sente nada. Não sente fome, nem sente dor. Refere
que se sente tão vazia, que “queria sentir pelo menos tristeza”.
Diz que sabe que está assim por culpa sua, pois nada mais na
vida vale a pena, e embora não saiba explicar o porquê, tem
certeza que sua vida é tão inútil que faz as outras pessoas
sofrerem. Relata que há cerca de 15 dias, quando parou de se
alimentar, começou a sentir nitidamente os seus órgãos
internos ficando “ocos” por dentro. Relata que está vazia por
dentro, e que por isso, vai tentar se matar novamente. A
paciente foi encaminhada para interação pelo risco elevado de
autoextermínio.
Elaborado pelo(a) autor(a). Com base no quadro apresentado, o exame psíquico
correspondente aos planos afetivo, intelectivo e volitivo são,
respectivamente:
a) anedonia, alteração do eu corporal extracorpo,
pensamento de conteúdo niilista e persecutório,
alucinações cenestésicas e apragmatismo.
b) apatia, alteração do eu corporal intracorpo, pensamento
de conteúdo niilista e de negação de órgãos,
alucinações cenestésicas e sitiofobia.
c) anedonia, alteração da identidade do eu psíquico,
pensamento de conteúdo empobrecido, alucinações
cinestésicas e apragmatismo.
d) apatia, alteração da atividade do eu psíquico,
pensamento de conteúdo niilista e de negação de
órgãos, alucinações sinestésicas e sitiofobia.