Leia o caso a seguir.
Paciente C., 14 anos, inicia tratamento em um serviço de
psiquiatria, com queixas da mãe de “comportamento estranho”.
A mãe relata que ele sempre teve muita dificuldade de fazer
amizade na escola. É sempre muito literal nas suas colocações.
Parece ser muito inocente para a idade. A mãe refere que C.
demorou muito para começar a falar (dois anos de idade).
Parecia sempre desligado das pessoas. Gostava sempre de
coisas que ninguém gostava, como colecionar tampinhas de
garrafa, ou estudar tudo sobre dinossauros. Sempre tinha
dificuldade com barulhos altos, que o deixavam irritado. Só
gostava de comer arroz com feijão. Mas, no geral, era um “bom
menino”. Há cerca de 6 meses, C. começou a ficar muito
ansioso, com preocupações excessivas sobre a segurança da
família. Começou a achar que seus colegas da escola o
estavam gravando e colocando seus vídeos na internet. Isso o
deixou muito irritado. Não dormia à noite, começou a falar
sozinho andando pela casa. Há dois meses, seu
comportamento piorou, com muita agitação psicomotora,
inventando frases desconexas e palavras novas que ninguém
conhece. Andava muito de um lugar para outro. Sua fala tornouse cada vez mais ininteligível. Há uma semana tentou fugir de
casa, exaltado, sem roupas.
Elaborado pelo(a) autor(a).
A hipótese(s) diagnóstica(s) compatível com o caso descrito
é:
a) transtorno do espectro autista com comorbidade com
transtorno afetivo bipolar.
b) transtorno do espectro autista com comorbidade com
esquizofrenia hebefrênica.
c) transtorno desintegrativo da infância com comorbidade
com transtorno afetivo bipolar.
d) esquizofrenia hebefrênica com baixa funcionabilidade
social pré-mórbida.