Leia o caso a seguir.
Paciente de 10 anos chega ao consultório com queixas
importantes de atenção e concentração. Não termina as
atividades que inicia, perde as coisas com facilidade, está
sempre aéreo, tanto em casa quanto na escola. Não consegue
copiar os deveres na escola. Tem estado mais irritável nas
últimas semanas. A mãe refere que antes tinha um
desempenho bom na escola, com notas acima da média, sem
queixas escolares. Em casa, também não apresentava maiores
problemas. Relata que percebeu os sintomas de desatenção
nos últimos 6 meses, com reclamações da escola, pela queda
do rendimento acadêmico e pelo comportamento mais “avoado”
em sala de aula. Em casa, tem ficado mais no quarto, jogando
em seu computador. Tem diminuído o apetite e, à noite, diz que
não dorme bem já há duas semanas. Ao exame, a criança
apresentou-se mais quieta, tímida. Diz que está com dificuldade
em prestar atenção na escola, pois parece que “está tudo lento”.
Queixa-se de que a escola “está sem graça”. Relata que não
sabe o que quer ser no futuro.
Elaborado pelo(a) autor(a).
Com base na história clínica, a conduta terapêutica
adequada preconizada pelos consensos de tratamento em
psiquiatria da infância para esse caso é:
a) iniciar Metilfenidato, na dose de 0,3-1 g/kg/dia, com
titulação semanal, até resposta terapêutica.
b) adotar conduta expectante monitorada por 2 a 4
semanas e reavaliar sintomatologia restante.
c) iniciar psicoterapia cognitivo-comportamental,
combinada com 20 mg/dia de Fluoxetina por 6
semanas.
d) iniciar psicoterapia cognitivo-comportamental,
combinada com Metilfenidato na dose de 0,3-1 mg/dia.