“O número de instituições de ensino com oferta de cursos de Psicologia igualmente se ampliou. Mas a formação voltada para a área da Psicologia Escolar e Educacional não ocupa, infelizmente, lugar de destaque entre os diversos conteúdos que são previstos nas grades curriculares. Muitos destes cursos assumem a opção de ênfase nos processos educativos sem, contudo, conduzir a formação e a prática voltadas para esta área, e o argumento que surge na maioria das vezes se relaciona à escassez do campo de trabalho na educação.” (FRANCISCHINI; VIANA, 2016, p. 3).
No texto Interfaces entre a Psicologia e a Educação: reflexões sobre a atuação em Psicologia Escolar , Meire Nunes Viana discute a Psicologia e a educação no labirinto do capital. Para a autora, “a promulgação da Constituição de 1988 significou para o Brasil a reconquista da cidadania, colocando a educação em lugar de destaque, apresentando-a como um direito de todos, universal, gratuita, democrática, comunitária e de elevado padrão de qualidade.” (FRANCISCHINI; VIANA, 2016, p. 68).Compreendendo que se trata de uma educação transformadora da realidade, consonante com a Carta Constitucional de 1988, ela deve pautar-se pelos seguintes princípios fundamentais:
a) gestão democrática do ensino público, sem garantia de padrão de qualidade.
b) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, visando combater o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
c) gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
d) valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, ingresso facultativo por concurso público de provas e título.
e) gratuidade, acesso universal, porém com ênfase nas ações afirmativas de ingresso (cotas raciais).