A exclusão escolar manifesta‑se das mais diversas e
perversas maneiras, e quase sempre o que está em
jogo é a ignorância do aluno diante dos padrões de
cientificidade do saber escolar. Ocorre que a escola se
democratizou abrindo‑se a novos grupos sociais, mas não
aos novos conhecimentos. Exclui, então, os que ignoram o
conhecimento que ela valoriza e, assim, entende que
a democratização é massificação de ensino e não cria
a possibilidade de diálogo entre diferentes lugares
epistemológicos, não se abre a novos conhecimentos
que não couberam, até então, dentro dela. Se o que
pretendemos é que a escola seja inclusiva, é urgente que
seus planos se redefinam para uma educação voltada
para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que
reconhece e valoriza as diferenças.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar : o que é? Por
quê? Como fazer? São Paulo: Editora Moderna, 2003.
Considerando o exposto no texto, na perspectiva da autora,
a inclusão escolar implica, principalmente, a
a) priorização da abertura da escola a novos grupos sociais, sem necessidade de reformulação dos planos educacionais.
b) eliminação dos padrões de cientificidade do saber escolar para garantir que todos os estudantes construam o conhecimento.
c) necessidade de reformular os planos educacionais para promover uma educação voltada para a cidadania global, livre de preconceitos.
d) criação de política de cotas para grupos historicamente excluídos devido à massificação de ensino, que impede as possibilidades de diálogo.