No laboratório clínico, a análise do material fecal acontece por meio do uso de várias técnicas
diferentes a depender do objetivo do exame, da espécie ou do grupo de parasitas a serem
diagnosticados. No setor de parasitologia clínica, a técnica mais comumente usada é a de
Hoffman, Pons e Janer (HPJ), que se baseia na sedimentação espontânea do material fecal
filtrado e suspenso em água. Entretanto existem outras técnicas, dentre elas, a técnica de
a) Faust e colaboradores, segundo a qual o material fecal é suspenso em água, filtrado em
gaze dobrada e centrifugado algumas vezes (para limpeza do sedimento) a 2.500r.p.m. O
sedimento é ressuspenso em solução de sulfato de zinco a 33% e novamente centrifugado.
A película do sobrenadante é transferida para uma lâmina, com o auxílio de alça de platina,
e avaliada com lugol e lamínula.
b) Willis que se baseia no termohidrotropismo, principalmente de larvas de Strongyloides
stercoralis . Para isso, coloca-se o material fecal sobre gase dobrada e numa peneira, em
repouso por 1 hora, num funil contendo um tubo de borracha conectado e obliterado com uma
pinça de Hoffman ao fundo e com água á 45°C tocando no material. Em seguida, a água
deve ser coletada, centrifugada e avaliada.
c) Baermann-Moraes que se baseia no uso de um tubo de ensaio envolvido em fita adesiva, de
modo que o lado adesivo fique voltado para fora. Assim, com uma das mãos, afastam-se os
glúteos do paciente e o lado adesivo da fita é encostado várias vezes em sua região perianal
e anal. A fita adesiva deve ser distendida sobre uma lâmina de microscopia, com o lado
adesivo para baixo, sendo a lâmina avaliada ao microscópio.
d) Graham, de acordo com a qual o material fecal deve ser suspenso em um tubo de ensaio
contendo uma solução concentrada de cloreto de sódio preenchido até a borda. Uma
lamínula deve ser colocada na borda do recipiente de modo que fique em contato com a
suspensão fecal por 5 minutos. Em seguida, a lamínula deve ser colocada em lâmina e
examinada em microscopia óptica.