Questões de Concursos Públicos: Gêneros Textuais

Encontre aqui questões de Concursos Públicos: Gêneros Textuais com gabarito ou respostas comentadas. Acesse milhares de provas com perguntas para treinar online. Baixe o PDF!

Filtrar questões
💡 Caso não encontre resultados, diminua os filtros.
Limpar filtros

Texto associado.
Recomece
(Fragmento - Bráulio Bessa)
Quando a vida bater forte
e sua alma sangrar,
quando esse mundo pesado
lhe ferir, lhe esmagar...


É hora do recomeço.
Recomece a LUTAR.


Quando tudo for escuro
e nada iluminar,
quando tudo for incerto
e você só duvidar...
É hora do recomeço.
Recomece a ACREDITAR.


Quando a estrada for longa
e seu corpo fraquejar,
quando não houver caminho
nem um lugar pra chegar...
É hora do recomeço.
Recomece a CAMINHAR.


Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemasbraulio-bessa/

É CORRETO afirmar que o texto lido é do gênero:
Texto associado.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Os sons das plantas feridas

Tomates cortados emitem sons em frequência mais alta que a dos submetidos à seca

Quando estressadas, por exemplo, pela falta de água, as plantas apresentam alterações na cor, no cheiro e na forma. Podem também liberar compostos orgânicos voláteis. Ou ainda emitir sons ultrassônicos, na frequência de 20 a 150 quilohertz (kHz).

Embora não sejam captados pelos seres humanos, esses sons poderiam alcançar outras plantas ou insetos, de acordo com experimentos com plantas de tomate e de tabaco feitos por equipes das universidades de Tel-Aviv, em Israel, e Harvard, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores criaram quatro grupos - plantas de tomate estressadas pela seca, de tomate com o caule cortado, de tabaco estressadas pela seca e de tabaco também com o caule cortado -, comparados a um grupo-controle (isto é, de plantas saudáveis), e colocaram microfones próximo a elas.

As frequências dos sons de cada grupo se mostraram proporcionais aos níveis de lesões e diferenciaram os grupos. As plantas secas de tomate e tabaco emitiram sons com frequência média máxima de 49,6 kHz e 54,8 kHz, respectivamente. Já nas plantas cortadas, a frequência média máxima foi de 57,3 kHz e 57,8 kHz. Os pesquisadores também gravaram sons de trigo, milho, videira e cactos (Cell, 30 de março).

Retirado e adaptado de: WEBER, Jean. Os sons das plantas feridas. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/os-sons-das-plantas-feridas/ Acesso em: 12 maio, 2023.
Assinale a alternativa que apresenta o gênero textual do texto "Os sons das plantas feridas":
Texto associado.
Lixo hospitalar do século 16 é encontrado em poço na Itália

De potinhos de coleta de urina a itens pessoais de pacientes, a descoberta revela detalhes sobre os hábitos de higiene da época. Confira.

Em abril, arqueólogos anunciaram a descoberta de uma série de equipamentos médicos do Ospedale dei Fornari, um hospital fundado em 1564, em Roma.

O achado se deu no que um dia funcionou o Fórum de César, feito por Júlio César em 50 a.C. O Ospedale dei Fornari , construído nas redondezas do antigo fórum, teria usado o local como depósito de lixo potencialmente infeccioso - uma tentativa de reduzir a propagação de doenças.

As escavações aconteceram em 2021. Os arqueólogos encontraram uma câmara de 2,8 metros de profundidade, revestida de tijolos e com uma camada de argila compacta cobrindo tudo. Os pesquisadores acreditam que o buraco tenha sido usado apenas uma única vez - o lixo foi jogado e depois o poço foi selado.

O que os arqueólogos encontraram?

O interior do poço guardava pequenos vasos intactos, cacos de cerâmicas, potes de vidro e itens pessoais, como estatuetas e medalhas. Mais da metade dos vasos de vidro (inteiros ou em pedaços) recuperados do lixão são provavelmente o que os médicos antigos chamavam de matula - um potinho de coleta de urina.

Durante a Idade Média e o Renascimento, a prática da uroscopia era uma ferramenta diagnóstica central para os médicos. Era um exame 100% visual: o médico analisava alterações na cor, a presença de sedimentos, o cheiro e até o gosto do xixi. Com isso, era possível saber se o paciente tinha condições como icterícia, doença renal e diabetes.

Havia também vários grampos de chumbo comumente usados em ferragens de móveis, além de madeira queimada. Isso pode ser evidência de uma medida higiênica historicamente conhecida: a queima (e descarte) de móveis e outros itens que entraram em contato com pacientes com doenças infecciosas, como a peste bubônica.

O estudo também identificou itens de cerâmica usados para cozinhar e comer. Ao entrar no hospital, cada paciente recebia seus próprios pertences (jarra, copo, tigela e prato), como medida de higiene.

Antes da pesquisa, o descarte moderno de resíduos hospitalares e médicos para prevenir a propagação de doenças não recebia a devida atenção arqueológica. "[Essas descobertas] aumentam significativamente nossa compreensão das práticas de descarte de resíduos no Renascimento, ao mesmo tempo em que destacam a necessidade de uma visão mais completados regimes de higiene e controle de doenças do início da Europa moderna", escrevem os autores do artigo, publicado pela Cambridge University Press.

Retirado e adaptado de: CAPARROZ, Leo. Lixo hospitalar do século 16
é encontrado em poço na Itália. Superinteressante. Disponível em: add
o-emmmpocoo-na-itaaa
.br/historia/lixo-hospitalar-do-seculo-16-e-encontrado-em-poco-na-italia/
Acesso em: 16 maio, 2023.
Assinale a alternativa que corretamente apresenta o gênero textual de "Lixo hospitalar do século 16 é encontrado em poço na Itália":
Texto associado.
Leia o Texto 01 para responder a questão:

TEXTO 01

A Uberização do trabalho no Brasil: desafios e perspectivas

Por Leandro Ferreira da Mata,
bacharel em Direito.
A uberização é um termo muito atual e pode ser, dentre outros contextos, atribuído ao mundo das relações de trabalho. No contexto trabalhista, ele está relacionado à venda de um serviço para alguém ou alguma empresa de forma independente e sem o intermédio de outra empresa ou agente (empregador). Esse modelo de prestação de serviços é tão contemporâneo quanto a própria revolução digital no mundo.
O termo uberização nasceu de um aplicativo, mais especificamente da empresa Uber, fundada em 2009 e instaurada no Brasil em 2014. Essa empresa buscou oferecer uma plataforma digital onde um motorista autônomo, chamado de parceiro, era capaz de se conectar a um usuário do aplicativo – cliente – para prestar-lhe serviços de locomoção.
No entanto, foi o conceito da prestação do serviço dessa empresa que serviu de pioneirismo para designar um novo tipo de relação de trabalho. Sob a alegação de ser uma “economia de compartilhamento”, a empresa Uber deixa claro que não emprega nenhum motorista e não é dona de nenhum carro, resumindose a uma plataforma tecnológica para que profissionais autônomos possam ganhar dinheiro, localizando pessoas que queiram se deslocar pela cidade.
Com o tempo, novas empresas, chamadas de startups digitais, foram criadas ou migradas para o Brasil em busca de mercados não explorados, vindo a substituir empregos existentes que possuíssem o mesmo nicho de mercado. Exemplos disso foram a Uber em detrimento de taxistas e o Ifood em detrimento de motociclistas motofretistas.
O baixo custo oferecido para os clientes, a facilidade na exposição do negócio para a população e a redução considerável dos custos do serviço foram alguns dos fatores cruciais para que o mercado passasse a substituir velhas prestações de serviços pelos serviços de aplicativos intermediadores. Dessa forma, motoristas e entregadores foram perdendo seus empregos celetistas, pois os empresários consideravam mais lucrativas as relações de trabalho sem vínculos empregatícios. Isso trouxe problemas à classe trabalhadora.
Um dos principais problemas que permeia essa nova estrutura de trabalho é a absoluta ausência de obrigações e direitos trabalhistas entre as partes. Um profissional “uberizado” chega a trabalhar 14 horas por dia e, no final de anos de parceria com a plataforma, não terá direito às férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, licença maternidade ou qualquer outro direito trabalhista. Também não possuirá a característica de contribuinte previdenciário, salvo se optar por ser contribuinte previdenciário individual, gerando o risco material de perder sua renda em caso de incapacidade laboral.
O marketing de empresas sobre a nova atividade do setor de serviços batizou de empreendedorismo essa profissão mediada por aplicativo, deixando nas entrelinhas detalhes dessa relação de trabalho. A plataforma cria uma forma de punição dos motoristas que, porventura, gerem um descontentamento moral na sociedade: sai a figura do chefe que demite funcionário, aparecem os clientes para ocupar esse papel. Entre uma e cinco estrelas, essa é uma jogada de mestre das startups para se isentarem, já que, na prática, tudo cairá na conta do motorista empreendedor. A propaganda é construída sobre uma suposta autonomia, isto é, esse prestador de serviços parceiro contrata a tecnologia de intermediação digital oferecida pela plataforma, por meio de seu aplicativo, escolhendo de forma livre os dias, horários e a conveniência de cada oferta de serviço, sem a necessidade de formalização de metas, quantidades mínimas de viagens ou obediência a qualquer tipo de hierarquia.
Apesar de essas empresas reforçarem que os “parceiros” de negócio possuem o poder de escolha da quantidade e do tempo de prestação desses serviços, essa liberdade acaba sendo controlada e condicionada ao cumprimento de objetivos programados por algoritmos do serviço. Nesse contexto, o prestador de serviços passa a ser uma mera força de trabalho, sem qualquer garantia ou direito, dentro de uma clara relação de emprego na qual não há valores mínimos salariais, folgas, horas extras. Além disso, todo e qualquer prejuízo ocorrido fica sob a inteira responsabilidade do trabalhador, gerando um modelo injusto de transferência de riscos, custos e responsabilidades sem qualquer regulamentação legal.
A uberização no Brasil não deve ser tida como mais uma relação de trabalho entre partes sem qualquer relação patronal. Ela deve marcar o pioneirismo de uma nova legislação trabalhista, mais moderna e de igual proteção ao trabalhador brasileiro. O Direito do Trabalho deve, então, evoluir com a tecnologia e não somente aceitar ser subjugado por tais inovações de relações que sempre existiram no Brasil.
Texto adaptado de https://jus.com.br/artigos/91548/a-uberizacao-do-trabalho-no-brasil-desafios-e-perspectivas Acesso em: 01 de abr. 2023.



Entre as alternativas a seguir, o gênero do Texto 1 está especificado em: