Texto para as questões 13 e 14
A aterosclerose é uma doença crônica, de evolução lenta e silenciosa, caracterizada por uma placa gordurosa endurecida, pela presença anormal de células e outros elementos na parede arterial. As manifestações clínicas tardias incluem o infarto e o derrame cerebral, que são considerados os principais causadores de mortes no mundo. Hábitos alimentares centrados na ingestão de altas taxas de carboidratos e lipídios, associados ao sedentarismo, ao estresse e ao hábito de fumar contribuem para a instalação da doença. O componente genético também exerce papel de destaque nesse processo fisiopatológico, associado à regulação da biossíntese de colesterol, à distribuição relativa das lipoproteínas e à disponibilidade de receptores celulares de LDL.
O principal exame laboratorial, na prática clínica, que auxilia na evidenciação do risco da formação do ateroma e fornece parâmetros para a conduta clínica é o perfil lipídico. Esse exame determina os níveis de colesterol total (CT) e suas frações (HDL, LDL e VLDL colesterol), triglicerídeos e permite a análise do aspecto do soro em condições padronizadas. Dessa forma, é possível identificar situações como a de dois pacientes do gênero masculino (A e B); da mesma faixa etária; ambos fumantes e não sedentários; os dois apresentam os mesmos valores de CT = 205 mg/dL e colesterol HDL = 30 mg/dL; mas o paciente A tem um soro lipêmico sem sobrenadante e triglicerídeos igual a 375 mg/dL; enquanto o paciente B, um soro sem lipemia e triglicerídeos igual a 80 mg/dL.
Valores de referência: CT até 160 mg/dL; HDL maior que 50 mg/dL; LDL até 100 mg/dL ; Triglicerídeos até 150 mg/dL (Portaria nº 200, de 25 de fevereiro de 2013 - Ministério da Saúde)