A Universidade Estadual Alfa, a partir de movimento progressista
do seu reitor, decidiu desenvolver programa de extensão
universitária com o objetivo de aproximar jovens negros de
tecnologias avançadas, o que seria feito com observância da
proporcionalidade de gênero entre os beneficiários. Embora
tenha sido muito comemorado pelos seus destinatários, o
programa sofreu severas críticas da maioria dos integrantes dos
corpos docente e discente.
Instado a se manifestar, um conceituado jurista afirmou
corretamente, à luz da sistemática legal vigente, que o programa
a) configurava uma ação afirmativa plenamente compatível com
a ordem jurídica.
b) buscava alcançar a igualdade formal a partir de um
tratamento diferenciado na perspectiva da igualdade
material.
c) representava uma usurpação de política pública a ser
desenvolvida na perspectiva da educação básica, que não
tinha correlação com o currículo regular da Universidade.
d) mostrava-se incompatível com a igualdade formal,
deturpando a concepção de ação afirmativa, pois, ao
abranger todos os jovens negros, não distinguia aqueles que
ingressaram na Universidade pelo sistema de cotas.