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em: 19 jun. 2024.
O excerto acima reflete um conceito central em diversas
obras pós-coloniais de língua inglesa. Trata-se do conceito de">
Leia o texto a seguir.
Ó tu, ladrão odioso! Onde escondeste minha filha? Infernal
como és, sem dúvida a encantaste com efeito, apelo para toda
criatura de senso: se não estivesse ela encadeada em correntes
de magia, será que uma donzela tão terna, tão bela, tão feliz,
tão contrária ao casamento que rejeitava os apaixonados mais
suntuosos e mais bem frisados do país, teria, algum dia, com
risco de ser objeto do desprezo geral, fugido da tutela paterna
para ir refugiar-se no seio denegrido de um ser como tu, feito
para inspirar medo e não deleite? Que o mundo seja minha
testemunha, se não é de toda a evidência que agiste sobre ela
com feitiços odiosos, que abusaste de sua delicada juventude
por meio de drogas ou de minerais que debilitam a
sensibilidade.
Shakespeare, 1981, p. 340. in FILHO, Luiz Martinho Stringuetti. A trágica
mímica de Otelo. Travessias Interativas / São Cristóvão (SE), N. 14 (Vol. 7),
p. 176–186, jul-dez/2017. Disponível em: <
https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/download/9129/7153>. Acesso
em: 19 jun. 2024.
O excerto acima reflete um conceito central em diversas
obras pós-coloniais de língua inglesa. Trata-se do conceito de
a) hibridismo cultural: a fusão de elementos culturais do
colonizador e do colonizado, resultando em novas
formas de expressão.
b) mimicry (mimetismo): a imitação do colonizador pelo
colonizado, com o intuito de obter reconhecimento e
aceitação.
c) alteridade: a percepção do outro como radicalmente
diferente, levando à exclusão e à marginalização.
d) nativismo: a valorização da cultura nativa em oposição
à cultura do colonizador, buscando a recuperação da
identidade original.