Em todas as épocas houve quem desse esta exclamação: que tempos!
“A gente não entende mais nada” é outra. Mas as pessoas sempre querem saber tudo, entender tudo, com preguiça de usar a sua própria maravilhosa imaginação. Corremos com o tempo, ou contra ele, para outra vida, para novos horizontes, em círculo nos lugares e pessoas que amamos, finalmente para o nada ou para “um lugar melhor”, como se diz.
Não dá pra ver só o vazio no copo, na vida, no país, no horizonte. O jeito é multiplicar o brilho dos afetos, o calor dos abraços.
“De repente, eu tenho oitenta anos”, comentou com ar de surpresa minha mãe, antes que a enfermidade lhe roubasse a consciência de si e de nós. De repente, quem sabe, então, vão-se resolver nossas aflições civis de hoje, e as econômicas, e o sentimento de desamparo e confusão. E voltaremos a ser um país simpático, um pouco malandro, quem sabe, mas não criminoso, não corrupto, não destruidor do cotidiano digno ou possível de seus filhos.
“Vivemos tempos estranhos” é frase repetida em todos os níveis. Tempos confusos, surpreendentes, cada dia uma chateação maior, uma confusão mais elaborada, uma perplexidade mais pungente. (Ainda bem que nos salvamos com novidades boas: os bebês que nascem, as crianças que começam a trotar naquele encantador jeito só delas, os amigos que recuperam a saúde, a família que se encontra, os amados distantes que se comunicam mais, o flamboyant delirando em vermelhos surreais na rua.)
Nós, os incautos pagadores de contas, contadores de trocados e trocadores de emprego (ou simplesmente sem ele), não sabemos bem o que fazer. “Tá tudo muito esquisito”, comentamos uns com os outros, alguns querendo ir embora, outros querendo aguentar até que tudo melhore, porque é a terra da gente, e muitos são, como esta que escreve, reis em sua zona de conforto.
Todos imaginamos, procuramos, uma solução, que parece impossível ou distante.
Mas que está ruim está, todas as providências hoje nos deixam duvidosos, e as festas andam sem o brilho de outros tempos, essa é a verdade. Onde estão as ruas iluminadas numa competição de beleza em tantos bairros da cidade no Natal, por exemplo? A gente pegava o carro para ver, de noite, toda aquela cintilação.
Hoje mal saímos de casa na noite escura.
Mas não dá pra ver só o vazio no copo, na vida, no país, no horizonte. O jeito é multiplicar outro brilho, nos tempos tormentosos: o brilho dos afetos, o calor dos abraços, a sinceridade na tolerância e o respeito pelas manias, esquisitices, aflições alheias – porque é tempo de aflições. Dá algum trabalho manter a ciranda emocional lubrificada e funcionando com certa mansidão, mas também traz um enorme conforto, apesar da unhada eventual da mágoa, da saudade ou da preocupação – que, diga-se de passagem, é a inefugível marca das mães.
Complicado: se de um lado corre, de outro lado o rio parece se arrastar. Depende do ângulo pelo qual olhamos, do quanto sobra no bolso antes do fim do mês, depende do emprego seguro, da capacidade de alegria, depende de pessoas decentes, depende de recursos, para que a grande engrenagem enferrujada volte a funcionar, e o tempo seja de mais alegria e mais aconchego de uns com os outros.
Em: “[...] depende de recursos, para que a grande engrenagem enferrujada volte a funcionar, e o tempo seja de mais alegria e mais aconchego de uns com os outros.”, o verbo destacado está flexionado no
De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é procedimento INCORRETO:
a)
O psicólogo deverá prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal.
b)
O psicólogo, em caso de quebra do sigilo previsto no Código de Ética, deverá prestar todas as informações de seu paciente que forem solicitadas pela justiça.
c)
O psicólogo, em caso de suspensão do seu trabalho, por quaisquer motivos, deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
d)
O psicólogo, no atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve comunicar aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.
Considerando a Resolução do CFP nº 11, de 11 de maio de 2018, que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação, NÃO está correto o que indica a alternativa:
a) Atendimento de pessoas e grupos em situação de emergência e desastres.
b) Consultas e/ou atendimentos psicológicos de diferentes tipos de maneira síncrona ou assíncrona.
c) Processos de Recrutamento e Seleção de Pessoas.
d) Supervisão técnica dos serviços prestados por psicólogos nos mais diversos contextos de atuação.
Com relação à Psicologia Social, NÃO é correto afirmar:
a)
A análise das interações sociais se baseia na tentativa de construção teórica de leis sobre o comportamento ou a percepção dos indivíduos na sociedade, apostando na ideia de que a psicologia do indivíduo explica a psicologia da sociedade.
b)
Busca compreender como se dá a construção do mundo interno a partir das relações sociais vividas pelo homem. O mundo objetivo passa a ser visto não como fator de influência para o desenvolvimento da subjetividade, mas como fator constitutivo.
c)
O behaviorismo tornou-se hegemônico por volta dos anos 30, e proporcionou o surgimento de uma compreensão individualizante do socius, por entender que a psicologia dos indivíduos serviria para compreender a sociedade.
d)
Um dos pressupostos mais distintivos da psicologia social é a crença na experimentação empírica como melhor forma de conhecimento da realidade.
Com relação às diretrizes básicas para a realização de avaliação psicológica no exercício profissional do psicólogo e de acordo com a Resolução nº 9 de 25/04/2018, NÃO está correto o que se afirma em:
a) Será considerada falta ética do psicólogo a utilização de testes psicológicos com parecer desfavorável ou que constem na lista de Testes Psicológicos.
b)
Os testes psicológicos incluem também as escalas, os inventários, os questionários e os métodos projetivos/expressivos.
c) O psicólogo só poderá escolher os métodos, as técnicas e os instrumentos que irá utilizar na Avaliação Psicológica após prévio consentimento do Conselho Federal de Psicologia.
d) Documentos decorrentes do processo de Avaliação Psicológica deverão ser elaborados em conformidade com a(s) resolução(ões) vigente(s) do Conselho Federal de Psicologia - CFP.
A criminalidade entre adolescentes é uma temática atual e relevante a ponto de ter sido incluída na agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde (BRASIL, 2005). O assunto da violência juvenil ganha contornos de gravidade, em diferentes estudos de diversas áreas como Direito, Psicologia, Educação dentre outras. A Justiça Restaurativa tem sido uma prática utilizada para enfrentar dificuldades encontradas no sistema Socioeducativo.
A Justiça Restaurativa é caracterizada, especialmente, por
a) dificuldade deparada pela vítima em se reequilibrar psicossocialmente após o sofrimento de qualquer tipo de crime.
b) necessidade que a sociedade tem de ver punido criminalmente o criminoso violento.
c) promoção da efetiva participação dos interessados - vítimas e infratores - na solução de cada caso concreto.
d) retirada da relação “vítima-criminoso” do protagonismo do processo.
São atribuições dos Psicólogos Agentes de Orientação e Fiscalização, representantes legais do CRP e porta-vozes da política de atuação da entidade, EXCETO:
a)
Apresentar à Comissão de Orientação e Fiscalização, periodicamente, os documentos pertinentes ao exercício de suas funções.
b)
Efetuar diligências para obter informações acerca do teor de uma representação e elementos de prova, ou averiguar indícios de infração.
c)
Inspecionar o exercício profissional da Psicologia e sua divulgação, obedecidas as disposições éticas e legais e as diretrizes emanadas pela Comissão de Orientação e Fiscalização.
d)
Verificar se a responsabilidade e o exercício da Psicologia e de outras profissões, mantidos ou prestados por empresas ou instituições, se estão a cargo de Psicólogo, Administrador da Instituição.
Com relação à psicologia da saúde, seus fundamentos e práticas, é CORRETO afirmar:
a)
A psicologia da saúde atua em diferentes campos de saberes, tais como: o clínico, o social, o hospitalar e o institucional.
b)
A terapia cognitiva comportamental e a teoria sistêmica têm sido as únicas bases para o trabalho psicológico bem-sucedido junto ao paciente com problemas mentais crônicos.
c)
O otimismo é um dos principais aspectos psicológicos que o paciente submetido a procedimento cirúrgico habitualmente apresenta.
d)
Uma das principais referências teóricas da psicologia não pode ser agregada no contexto hospitalar, tais como neuropsicologia, gestalt-terapia e a abordagem centrada na pessoa.
A psicóloga Ana recebeu para atendimento um homem de 45 anos que foi interditado desde os 30 anos de idade. Após alguns atendimentos, Ana procurou o responsável legal para obter autorização para a continuidade dos atendimentos. Como o responsável não a procurou, ela deu prosseguimento ao tratamento. Conforme o Código de Ética do Psicólogo, é CORRETO afirmar:
a)
Ana cometeu infração ética ao prosseguir o atendimento sem comunicar às autoridades competentes.
b) Ana deveria procurar o responsável legal, para realizar o atendimento numa situação ocasional de interdito.
c)
Ana não cometeu nenhuma infração ética, pois o paciente era maior de idade.
d)
Ana não cometeu nenhuma infração ética, pois procurou o responsável legal antes da continuidade do atendimento.