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21 Q685110 | Português, Interpretação Textual, Redator, Câmara Municipal de Fortaleza CE, FCC

Texto associado.
    Estabelecida na Sicília no século V a.C., a retórica terá como primeiros cultores a Empédocles, Córax e Tísias. Segundo Armando Plebe
(1968, p. 3-6, passim), já nesse momento nebuloso de suas origens, a disciplina conheceria duas linhagens: primeira, uma demonstração
técnica e racional do verossímil; segunda, uma psicagogia (literalmente, “condução da alma”), isto é, exploração do potencial de sedução da
palavra, aquém ou além de sua inteligibilidade. A primeira linhagem aspira a tornar mais potente o discurso válido de uma perspectiva
lógica, tendo como fonte Córax, Tísias e Protágoras; a segunda, mergulhada em princípios pitagóricos - magia, medicina e música como
terapias - e parmenídicos - distinção entre a via da verdade e a da opinião - pretende trabalhar o fascínio enganador a que se presta a
palavra, originando-se no pensamento de Empédocles, para daí passar a Górgias e depois a Isócrates.
    A partir de fins do século V a. C., a retórica entra num período que ficou melhor documentado, podendo-se dizer, contudo, que a
controvérsia já referida, entre a arte da palavra como embalagem do raciocínio ou como encantamento e ilusionismo, se transforma em
verdadeiro mote do debate filosófico que atravessaria os séculos. Desse período, são de destacar as obras de Platão - que em geral reagiu
contra a retórica enquanto hipertrofia da linguagem como forma sedutora, ou então a avaliou positivamente, desde que identificada com a
dialética - e de Aristóteles - que lhe dedicou um tratado específico destinado a ampla influência, concebendo-a como técnica rigorosa de
argumentação e como arte do estilo, além de estudá-la sob os pontos de vista do ethos do orador e do pathos dos ouvintes.
(Adaptado de ACÍZELO, Roberto. O império da eloquência: retórica e poética no Brasil oitocentista. Rio de Janeiro: EdUERJ: EdUFF,
1999, p. 7)
Considere as afirmações abaixo.
I. Psicagogia é a condução inteligente das palavras.
II. Ethos significa caráter e se formula no discurso do escritor/orador.
III. Pathos significa paixão e se destina a mover os ânimos do leitor/ouvinte.
IV. Verdade é a mesma coisa que opinião.
Está correto o que consta APENAS de

22 Q667280 | Português, Interpretação Textual 75 Figuras de Linguagem, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

Texto associado.

As Figuras de Linguagem são recursos da Língua Portuguesa que criam novos significados para as expressões, ao trabalhar com o sentido conotativo em vez do literal. A partir do exposto, assinale a alternativa que exemplifica uma catacrese.

23 Q671444 | Português, Interpretação Textual, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

Texto associado.
ANTÍDOTO À RESSACA VIRTUAL
A Cura do Cibervício está em uma invenção ancestral: o livro
Sócrates não gostava de livros. Ao menos, é o que sugere certa passagem em Fedro, de Platão. Para demonstrar que o
diálogo pessoal é superior à leitura, Sócrates conta a seguinte parábola sobre a invenção da escrita: o deus egípcio
Tot foi criador das artes e ciências; terminado o rol de inovações, mostrou-as a Amon, divindade rabugenta e
previdente. Amon aprovou a álgebra, a geometria e o jogo de xadrez, mas franziu o cenho ao ver o alfabeto (ou, no
caso, os hieróglifos). "Essa invenção vai introduzir o esquecimento no espírito de todos que a aprenderem", previu.
"Os homens deixarão de exercitar a memória, pois colocarão toda sua fé em signos externos."
O discurso antilivresco de Sócrates é dos primeiros exemplos do que mais tarde seria chamado ludismo - a ideia de
que o avanço tecnológico acabará nos conduzindo a uma catástrofe generalizada. É estranho, e revelador, que a
condenação socrática tenha chegado até nós por meio de um livro: ocorre que as ondas tecnofóbicas costumam se
propagar exatamente nos meios que condenam.
Mas vale notar também que, num ponto, Sócrates - ou Amon - estava certo: a introdução da escrita alterou a forma
como o cérebro humano funciona. Os milhares de versos da Ilíada e da Odisseia foram criados oralmente e
guardados na lembrança; mas eu não conseguiria compor metade deste parágrafo sem fazer duas ou três notas.
Depois de assimilarmos a invenção de Tot, nossa memória jamais foi a mesma.
Toda inovação técnica implica acréscimos mas também subtrações à experiência humana. Os ganhos da revolução
digital são inegáveis - mas ela também implicou perdas e síndromes que já configuram uma ressaca virtual
globalizada. O cérebro humano está mudando de novo, e nem sempre para melhor: a chuva meteórica de
informações fragmentárias prejudicou nossa capacidade para a contemplação e o raciocínio linear; o imediatismo das
redes nos condiciona a reagir de forma superficial e raivosa à complexidade do mundo; o ethos da exposição
constante faz com que o íntimo se amolde ao coletivo, e o resultado é um sectarismo alucinado, intrometido e
onipresente. Não me entendam mal; não sou um ludista, nem pretendo deletar minhas contas nas redes sociais. Mas
toda ressaca precisa de um antídoto. O remédio que encontrei contra os excessos da nova reprogramação cerebral foi
recorrer à velhíssima invenção de Tot: curei os achaques do cibervício retornando, com voracidade dupla, à leitura
de imersão. Para que funcione, essa terapia deve ocorrer em doses diárias e envolver obras que nada tenham a ver
com temas urgentes ou profissionais; quanto mais aparentemente inúteis, melhor. Alegar falta de tempo é
autoengano: meia hora de leitura concentrada todos os dias é o suficiente para salvar nossa alma - ou aquelas partes
de nosso antigo cérebro que não deveriam cair na lixeira da evolução.
Claro, todo remédio tem seu efeito colateral: li tanto, nos últimos meses, que perdi temporariamente a disposição
para conversar cara a cara. Não sei o que Sócrates diria a respeito.
José Francisco Botelho. Publicado em VEJA de 6 de fevereiro de 2019, edição nº 2620
(Disponível em: https://veja.abril.com.br/entretenimento/antidoto-a-ressaca-virtual/Acesso em 08/02/2019).
Segundo o texto, a previsão de Amon confirmou-se, porque:

24 Q692704 | Português, Interpretação Textual, Redator, Câmara Municipal de Fortaleza CE, FCC

Texto associado.
Considere o texto a seguir.
Há a autoridade do “ontem eterno”, isto é, dos mores [costumes] santificados pelo reconhecimento
inimaginavelmente antigo e da orientação habitual para o conformismo. [...] Há a autoridade do “dom da graça”
[...] extraordinária e pessoal, a dedicação absolutamente pessoal e a confiança pessoal na revolução, heroísmo e
outras qualidades da liderança individual [...] Finalmente, há o domínio da “legalidade”, em virtude da fé na
validade do estatuto legal e da “competência” funcional baseada em regras racionalmente criadas.
(WEBER, Max. IN: QUINTERO, Tania et alli (orgs). Um toque de clássicos. Durkheim, Marx e Weber. Editora da UFMG: 1995, p. 121 e 122)
O trecho acima indica três tipos de autoridade política, que podem ser identificados, conforme a ordem em que aparecem no texto, com as seguintes formas de legitimação do poder:

25 Q671307 | Português, Sintaxe 44 Regência Verbal e Nominal, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

Texto associado.

A respeito da regência verbal na língua portuguesa, assinale a alternativa correta.

26 Q672146 | Português, Interpretação Textual 75 Figuras de Linguagem, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

Texto associado.
   Trocando os pés pelas mãos


Usamos as mãos para quase tudo. Por isso, cada um dos nossos dedos possui uma região correspondente no cérebro. Esse mapeamento cerebral superespecífico torna o controle de todos os pedacinhos articulados da mão muito mais preciso. Mas o que acontece com quem não tem esses membros? Um estudo mostrou que, em pessoas que precisam usar os pés para tarefas diárias, como escovar os dentes (e até pintar, no caso de artistas), os dedos do pé acabam substituindo os das mãos, ocupando a mesma área cerebral. Mas só com muito treino: é preciso desenvolver a percepção sensorial de cada dedo do pé, individualmente.

                                                     (Revista Superinteressante, ed. 408, outubro 2019.)

No título desse texto, temos um caso de:

27 Q669843 | Português, Sintaxe Análise sintática e semântica da linguagem, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

Texto associado.

A “protuberância occipital externa” tem 2 cm e parece um chifre virado __________, na parte __________ da cabeça, logo __________ da nuca. Ela costuma aparecer em idosos, cuja musculatura enfraquecida deixa a cabeça inclinada __________ (o que força os ligamentos e tendões do pescoço, gerando essa saliência). Mas está cada vez mais comum em adultos. Isso foi constatado pela primeira vez em 2016, quando cientistas da Universidade de Sunshine Coast, na Austrália, examinaram 218 pessoas de 18 a 30 anos e viram que 41% delas tinham um esporão de 1 a 3 cm na base do crânio. Em 2018, refizeram o estudo com 1.200 participantes de 18 a 60 anos e constataram que o chifrinho havia se tornado mais comum em jovens do que entre os idosos. “Nossa hipótese é que a protuberância possa estar ligada à má postura associada com o uso de smartphones e tablets”, disse David Shahar, líder dos dois estudos.

                                                     (Revista Superinteressante, ed. 408, outubro 2019.)

Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. A argumentação dos pesquisadores se fundamenta no raciocínio indutivo.

2. Na segunda linha, o termo “cuja” introduz uma oração com função restritiva.

3. O segmento “Mas está cada vez mais comum em adultos” (3ª linha) liga-se ao segmento anterior pelo processo de coordenação.


Assinale a alternativa correta.

28 Q671838 | Português, Emprego do hífen, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

Texto associado.

Em relação ao padrão ortográfico vigente da língua portuguesa, considere as seguintes sentenças:


1. Mariana não pôde por na poupança o dinheiro que recebeu de casamento.

2. O voo que trouxe os passageiros de Londres a São Paulo sofreu um atraso de 2 horas.

3. A matéria-prima usada para fazer o bolo foi importada da Itália.

4. A microrregião da Chapada dos Veadeiros possui 21.337,58 km2 de área total e 62.656 habitantes (2,94 de densidade populacional), distribuídos em 8 municípios.

5. A Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem.


Segue(m) as normas da nova ortografia a(s) sentença(s):

29 Q684286 | Português, Interpretação Textual, Redator, Câmara Municipal de Fortaleza CE, FCC

Quando no decênio final do século XVI, os Países Baixos consolidaram militarmente na Europa sua independência da Espanha, a
ofensiva batava desdobrou-se em ofensiva ultramarina visando à destruição das bases coloniais da riqueza e do poderio ibéricos. Nos
primeiros anos do século XVII, a Companhia das Índias Orientais (VOC), sociedade de ações operando mediante monopólio outorgado pelo
governo neerlandês, promoveu o comércio e a colonização na Ásia em detrimento da presença espanhola e portuguesa naquela parte das
Índias Ocidentais (doravante referida também pelas suas iniciais holandesas WIC, ou “West Indische Compagnie”), idêntico modelo
institucional foi adotado para as Américas e para a costa ocidental da África.
(MELLO, Evandro Cabral de. “Introdução”. In: O Brasil Holandês, São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2010, p. 12)
As palavras sublinhadas no texto podem ser substituídas, sem prejuízo de seu sentido, respectivamente, por

30 Q667396 | Direito Constitucional, Direito à Liberdade 426 Direito de Propriedade Direitos Individuais, Redator, Câmara de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2020

A respeito dos direitos individuais e coletivos, segundo a Constituição Federal, assinale a alternativa correta.
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