Questões de Concursos: Tenente Cirurgia Pediátrica

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11 Q683471 | Português, Interpretação Textual, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda as questões propostas.

TEXTO I

A regreção da redassão
Carlos Eduardo Novaes
            Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.
            - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.
            - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.
            - A culpa não é deles. A falha é do ensino.
            - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.
            - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.
            - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.
            - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.
            - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.
            Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.
            - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.
            - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.
            - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.
            - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?
            - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.
            - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?
            Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:
            - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.
            - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.
            - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.
            - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.
            - E o senhor, não está interessado nuns textos?
            - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?
            - E o senhor, vai? Leva três e paga um.
            - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.
            Assustou-se com o tamanho do texto:
            - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?
NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999.
Para gostar de ler, vol. 15.

TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem:
“[...]
            _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.
            _ refri e bisc8
            _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!
            “_ xau mãe, c ta xata.”
            _ Maria Eugênia! Chata é com ch.
            _
            _ Maria Eugênia?
            _
            _ Desligou. [...]’’
HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.

Em relação ao texto I, crônica “A regreção da redassão”, analise as assertivas abaixo:

I- O cronista-narrador aponta, a princípio, o ensino como provável causa da deficiência dos alunos com relação à escrita.
II- O narrador observador não se impressiona com o fato de várias pessoas afirmarem que o estudante brasileiro não sabe escrever.
III- O autor-narrador é levado a refletir sobre os fatos determinantes da dificuldade de representação do pensamento por meio da escrita por parte dos jovens.
IV- O narrador personagem revela, ludicamente, o temor de que, em nome da sobrevivência, tenha ele mesmo, como escritor, de comercializar o seu produto.

Está CORRETO o que se afirma em:

12 Q689130 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Considerando a Resolução CFM nº 1605/2000, que trata que o médico não pode, sem o consentimento do paciente, revelar o conteúdo do prontuário ou ficha médica, é CORRETO afirmar:

13 Q684694 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.
I – A atresia biliar deve ser identificada rapidamente quando se combinam o exame físico, a cintilografia, a biópsia percutânea e o nível de alfa-1-antitripsina sanguíneo. Sendo indicada a cirurgia de Kasai antes da oitava semana de vida para favorecer o prognóstico destes pacientes.
II – Os pacientes que apresentam cistos de colédoco podem desenvolver colangite, cirrose, hipertensão porta e carcinoma quando a patologia não é diagnosticada.
III – A perfuração idiopática do sistema biliar extra-hepático é a segunda causa mais comum de icterícia cirúrgica em bebês.

14 Q683611 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Considerando a Classificação de Hugh-Young na válvula de uretra posterior, marque a alternativa CORRETA.

15 Q681768 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Duplicidade ureteral ocorre em até 1:125 pessoas, sendo a mais frequente malformação dos ureteres. Segundo a lei de Weigert-Meyer, marque a alternativa que relaciona CORRETAMENTE o local da sua implantação na bexiga e a característica típica do ureter vindo do polo superior do rim.

16 Q685638 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA:
I – O tumor de Wilms ou nefroblastoma é a neoplasia maligna abdominal mais comum na infância. Ocorrem tumores bilaterais em 4 a 8% das crianças. O tratamento é individualizado, tendo-se por objetivo a preservação do parênquima renal.
II – O neuroblastoma é o tumor sólido maligno mais comum na infância, diagnosticado em pacientes de até 15 anos de idade. A ressecção cirúrgica é o principal tratamento nos estágios I e II, porém, a recorrência local do tumor pode ocorrer com frequência.
III – Nas crianças, as lesões vasculares do fígado são os tumores benignos mais comuns. Destes, o hemangioma cavernoso pode ser assintomático e o tratamento é expectante. Quando sintomáticos, os pacientes apresentam febre, dor abdominal e náuseas.

17 Q691882 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.
I – Do ponto de vista histológico, os teratomas podem ser classificados, quanto à maturidade, em graus de I a IV, podendo originar outros tumores germinativos como carcinoma embriogênico, tumor do saco vitelino e o cariocarcinoma.
II – Os teratomas sacrococcígeos são mais frequentes nas meninas, enquanto que os teratomas retroperitoneais ocorrem em crianças acima de 5 anos, frequentemente meninas, associado à Síndrome de Klinefelter.
III – Os teratomas mediastinais, normalmente localizam-se no mediastino ânterosuperior, podendo aparecer também póstero-superior, o tumor precisa ser excisado totalmente através da esternotomia ou toracoscopia.

18 Q689373 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Considerando a Resolução CFM nº 1658/2002, que normatiza a emissão de atestados médicos e dá outras providências, é CORRETO afirmar:

19 Q681770 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.
I – O divertículo de neouretra na correção de hipospádia pode resultar em decorrência de estenose distal da uretra.
II – A incidência de extrofia vesical é de 1:30.000 a 1:50.000 dos nascidos vivos, sendo duas vezes mais comum em pacientes femininos.
III – Em pacientes com extrofia de bexiga, há possibilidade do desenvolvimento de adenocarcinoma de bexiga, sendo essa ocorrência 400 vezes maior que na população normal.

20 Q689121 | Medicina, Tenente Cirurgia Pediátrica, Polícia Militar MG, PM MG

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA :
I – A persistência anormal das estruturas branquiais inclui cistos, trajetos fistulosos e vestígios cartilaginosos, como seios e apêndices auriculares. A maioria dessas lesões decorre de erros da embriogênese do terceiro arco branquial.
II – A formação defeituosa do pavilhão auditivo externo resulta em pequenos plicomas, vestígios cartilaginosos e cistos subcutâneos. Estas lesões não têm relação com os vestígios da fenda branquial, mas também são vulneráveis à infecção e ao crescimento.
III – O cisto tireoglosso é a massa persistente mais frequente na linha média do pescoço e o cisto congênito mais comum nessa região. A infecção pode ser o primeiro sintoma e dificulta a diferenciação com a adenite cervical aguda.
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