Questões de Concursos: CBTU METROREC

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21 Q22455 | Português, Técnico de Enfermagem do Trabalho, CBTU METROREC, CONSULPLAN

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1º/4/1964 – Cena de rua


    Minha filha chega da escola dizendo que há revolução na rua. Em companhia de Carlos Drummond de Andrade, meu vizinho no Posto 6, fui ver o que estava se passando.
    Vejo um general comandar alguns rapazes naquilo que mais tarde um repórter chamou de “gloriosa barricada”. Os rapazes arrancam bancos e árvores impedem o cruzamento da av. Atlântica com a rua Joaquim Nabuco. O general destina-se a missão mais importante: apanha dois paralelepípedos e concentra-se na façanha de colocar um em cima do outro. Vendo-o em tarefa tão insignificante, pergunto-lhe para que aqueles paralelepípedos tão sabiamente colocados um sobre o outro. “Isso é para impedir os tanques do 1º Exército!”
    Acreditava, até então, que dificilmente se deteria um exército com dois paralelepípedos ali na esquina da rua onde moro. Ouço no rádio que a medida do general foi eficaz: o 1º Exército, em sabendo que havia tão sólida resistência, desistiu do vexame: aderiu aos que se chamavam de rebeldes.
    Nessa altura, há confusão na av. N. S. de Copacabana, pois ninguém sabe o que significa “aderir aos rebeldes”. A confusão é rápida. Não há rebeldes e todos, rebeldes ou não, aderem, que a natural tendência da humana espécie é aderir. Erguem o general em triunfo. Vejo o bravo general passar em glória sobre minha cabeça.
    Olho o chão, os dois paralelepípedos lá estão, intactos, invencidos, um em cima do outro. Vou lá, com a ponta do sapato tento derrubá-los. É coisa fácil. Das janelas, cai papel picado. Senhoras pias exibem seus pios lençóis e surge uma bandeira nacional. Cantam o hino e declaram todos que a pátria está salva.
    Minha filha, ao meu lado, pede uma explicação para aquilo tudo. “É carnaval, papai?” “Não.” “É Copa do Mundo?” “Também não.”
    Ela fica sem saber o que é. Eu também. Recolho-me ao sossego e sinto na boca um gosto azedo de covardia.

(Carlos Heitor Cony. Cena de rua. Folha de São Paulo. 01/04/2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony/2014/04/1433846-141964---cena-de-rua.shtml.)
De modo geral, os verbos são flexionados no presente do indicativo para exprimirem fatos que ocorrem no mesmo momento em que o falante os observa. Porém, esse tempo verbal também pode ser empregado para fazer referência a fatos passados,

22 Q22894 | Pedagogia, Analista de Gestão, CBTU METROREC, CONSULPLAN

Considerando uma abordagem metodológica de entrevista não diretiva para coleta de dados em uma pesquisa qualitativa, assinale a alternativa INCORRETA.

23 Q22653 | Matemática, Assistente de Manutenção, CBTU METROREC, CONSULPLAN

Marcelo, em 5 dias de trabalho, trabalhando 6 horas por dia, consegue fabricar 70 peças de roupa. O número de dias necessários para Marcelo fabricar 112 peças, trabalhando 4 horas por dia, é

24 Q13139 | Português, Administrador, CBTU METROREC, CONSULPLAN

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Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. É útil se acrescenta à lucidez do leitor, livra-o da timidez ou dos preconceitos, faz com que veja e sinta o que não teria visto nem sentido sem ele. Se meus livros são lidos e atingem uma pessoa, uma única, e lhe trazem uma ajuda qualquer, ainda que por um momento, considero-me útil. E como acredito na duração infinita de todas as pulsões, como tudo prossegue e se reencontra sob uma outra forma, essa utilidade pode estender-se bastante longe no tempo. Um livro pode dormir cinquenta anos ou dois mil anos, em um canto de biblioteca, e de repente eu o abro, e nele descubro maravilhas ou abismos, uma linha que me parece ter sido escrita apenas para mim. O escritor, nisso, não difere do ser humano em geral: tudo o que dizemos, tudo o que fazemos se conduz mais ou menos. É preciso tentar deixar atrás de nós um mundo um pouco mais limpo, um pouco mais belo do que era, mesmo que esse mundo seja apenas um quintal ou uma cozinha.
(Marguerite Yourcenar. De olhos abertos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.)
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita.”, é correto afirmar que

26 Q13142 | Direito Administrativo, Administrador, CBTU METROREC, CONSULPLAN

Em relação ao processo administrativo e com base na Lei nº 8.112/90, assinale a afirmativa INCORRETA.

27 Q22649 | Matemática, Assistente de Manutenção, CBTU METROREC, CONSULPLAN

Sejam os conjuntos A = {0, 3, 4, 7, 9}, B = {1, 2, 4, 6, 7, 8} e C = {2, 3, 6, 9}. Se x e y são, respectivamente, o maior e o menor elemento do conjunto (A ∩ B) ∪ (B ∩ C), então x . y é igual a

28 Q22457 | Português, Técnico de Enfermagem do Trabalho, CBTU METROREC, CONSULPLAN

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1º/4/1964 – Cena de rua


    Minha filha chega da escola dizendo que há revolução na rua. Em companhia de Carlos Drummond de Andrade, meu vizinho no Posto 6, fui ver o que estava se passando.
    Vejo um general comandar alguns rapazes naquilo que mais tarde um repórter chamou de “gloriosa barricada”. Os rapazes arrancam bancos e árvores impedem o cruzamento da av. Atlântica com a rua Joaquim Nabuco. O general destina-se a missão mais importante: apanha dois paralelepípedos e concentra-se na façanha de colocar um em cima do outro. Vendo-o em tarefa tão insignificante, pergunto-lhe para que aqueles paralelepípedos tão sabiamente colocados um sobre o outro. “Isso é para impedir os tanques do 1º Exército!”
    Acreditava, até então, que dificilmente se deteria um exército com dois paralelepípedos ali na esquina da rua onde moro. Ouço no rádio que a medida do general foi eficaz: o 1º Exército, em sabendo que havia tão sólida resistência, desistiu do vexame: aderiu aos que se chamavam de rebeldes.
    Nessa altura, há confusão na av. N. S. de Copacabana, pois ninguém sabe o que significa “aderir aos rebeldes”. A confusão é rápida. Não há rebeldes e todos, rebeldes ou não, aderem, que a natural tendência da humana espécie é aderir. Erguem o general em triunfo. Vejo o bravo general passar em glória sobre minha cabeça.
    Olho o chão, os dois paralelepípedos lá estão, intactos, invencidos, um em cima do outro. Vou lá, com a ponta do sapato tento derrubá-los. É coisa fácil. Das janelas, cai papel picado. Senhoras pias exibem seus pios lençóis e surge uma bandeira nacional. Cantam o hino e declaram todos que a pátria está salva.
    Minha filha, ao meu lado, pede uma explicação para aquilo tudo. “É carnaval, papai?” “Não.” “É Copa do Mundo?” “Também não.”
    Ela fica sem saber o que é. Eu também. Recolho-me ao sossego e sinto na boca um gosto azedo de covardia.

(Carlos Heitor Cony. Cena de rua. Folha de São Paulo. 01/04/2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony/2014/04/1433846-141964---cena-de-rua.shtml.)
O vocábulo “que” desempenha, na Língua Portuguesa, funções morfossintáticas diferentes. Releia, então, os seguintes trechos do texto:

1. “Minha filha chega da escola dizendo que há revolução na rua.” (1º§)
2. “Acreditava, até então, que dificilmente se deteria um exército com dois paralelepípedos [...]” (3º§)

Com base nos trechos apresentados, analise as afirmativas.

I. O trecho 1 é formado por três verbos e o trecho 2, por dois verbos.
II. Nos dois trechos, o vocábulo “que” desempenha a mesma função sintática.
III. O vocábulo “que” foi usado, em ambos os trechos, para retomar informações anteriormente expressas.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

29 Q13143 | Direito Administrativo, Administrador, CBTU METROREC, CONSULPLAN

Sobre bens públicos, assinale a alternativa INCORRETA.

30 Q22656 | Conhecimentos Gerais e Atualidades, Assistente de Manutenção, CBTU METROREC, CONSULPLAN

Nos últimos 29 anos, o país foi às ruas em três momentos decisivos: na campanha das diretas, no “Fora Collor” e nas revoltas de junho. Essas manifestações tiveram origem no desencontro entre os políticos e os cidadãos, na surdez da política em relação à estridente voz da população. (Revista Veja. Edição especial 2340. Setembro de 2013, p. 74.)

Em junho de 2013, as ruas do Brasil foram tomadas por milhões de brasileiros, em sua maioria jovens, que expressaram um grande descontentamento com os rumos do país. Sobre este histórico momento, analise.

I. As manifestações tiveram como estopim o movimento pela redução das tarifas de transporte público, que foi violenta- mente reprimido em São Paulo pela polícia militar.

II. Depois de se espalharem por todo o país, os atos foram além das reivindicações originais (transportes), dando vazão a inúmeras questões que inquietavam a população.

III. Vários partidos políticos, principalmente os de oposição, aderiram às manifestações, transformando-se em apoiadores e liderando os atos em vários estados.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
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