Questões de Concursos: EMATERCE

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11 Q53953 | Português, Interpretação de Textos, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

As caridades odiosas

    Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa se enganchava na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a um menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança o que me ceifara os pensamentos.
    ― Um doce, moça, compre um doce para mim.
    Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água. Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.
    De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena humilhante para mim, terminasse logo. Perguntei-lhe: – Que doce você...
    Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.
    ― Que outro doce você quer? Perguntei ao menino escuro.
    Este, que mexendo as mãos e a boca ainda espera com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com uma delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.
    ― Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los... E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeirinha olhava tudo:
    ― Afinal uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas, mas ninguém quis dar.
    Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso foi necessário que outros não lhe tivessem dado doce.

Clarice Lispector
“- Um doce, moça, compre um doce para mim.” Sobre o sujeito dessa oração, marque a opção correta.

12 Q53972 | Matemática, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Uma loja de informática comercializa dois mouses, X e Y, e está oferecendo um desconto de 20% sobre o preço do mouse X. Mesmo com esse desconto, o preço do mouse X ainda é R$ 5,00 mais caro do que o do mouse Y. Se o preço do mouse Y fosse aumentado em 20%, ainda assim seu preço seria R$ 3,00 menor do que o preço do mouse X com o desconto. O preço do mouse X, antes do desconto, era

13 Q53956 | Português, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Leia as afirmativas a seguir quanto à regência verbal e marque a opção CORRETA.

14 Q53945 | Veterinária, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

A erisipela suína cujo agente etiológico e Erysipelothrix spp é uma doença infectocontagiosa do tipo hemorrágica. Analise as afirmativas a seguir que apresentam os sintomas típicos e achados de necropsia para animais portadores da doença nos diferentes tipos de fase que a caracterizam, quais seja aguda ou crônica.

I. Endocardite da válvula mitral.
II. Artrite.
III. Lesões de pele.
IV. Osteíte.
V. Aborto.

Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.

15 Q53951 | Português, Interpretação de Textos, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

As caridades odiosas

    Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa se enganchava na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a um menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança o que me ceifara os pensamentos.
    ― Um doce, moça, compre um doce para mim.
    Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água. Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.
    De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena humilhante para mim, terminasse logo. Perguntei-lhe: – Que doce você...
    Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.
    ― Que outro doce você quer? Perguntei ao menino escuro.
    Este, que mexendo as mãos e a boca ainda espera com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com uma delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.
    ― Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los... E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeirinha olhava tudo:
    ― Afinal uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas, mas ninguém quis dar.
    Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso foi necessário que outros não lhe tivessem dado doce.

Clarice Lispector
Sobre a narrativa é CORRETO afirmar que

16 Q53964 | Matemática, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

João comprou uma máquina para fazer suco de laranja em sua lanchonete. Em um minuto, o suco extraído pela máquina preenche 4/10 da capacidade total de uma jarra de 2,4 litros. Para encher totalmente essa jarra, é necessário manter a máquina operando durante

17 Q53957 | Português, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Em qual das opções a seguir temos um sujeito oracional?

18 Q53968 | Matemática, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

O Brasil obteve, em uma competição internacional, um total de 52 medalhas, sendo que as de ouro foram 30% do total das de prata e bronze juntas, e as de prata foram 60% do total das de bronze. O número de medalhas de ouro obtidas pelo Brasil nessa competição foi de

19 Q53952 | Português, Interpretação de Textos, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

As caridades odiosas

    Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa se enganchava na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a um menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança o que me ceifara os pensamentos.
    ― Um doce, moça, compre um doce para mim.
    Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água. Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.
    De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena humilhante para mim, terminasse logo. Perguntei-lhe: – Que doce você...
    Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.
    ― Que outro doce você quer? Perguntei ao menino escuro.
    Este, que mexendo as mãos e a boca ainda espera com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com uma delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.
    ― Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los... E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeirinha olhava tudo:
    ― Afinal uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas, mas ninguém quis dar.
    Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso foi necessário que outros não lhe tivessem dado doce.

Clarice Lispector
De acordo com o texto qual dos substantivos não se aplica à narradora?

20 Q53935 | Veterinária, Veterinário, EMATERCE, CETREDE

Em um dos municípios do Ceará, no último dia 6 de outubro foi confirmado um foco de PSC (Peste Suína Clássica), em propriedade de criação familiar de subsistência, sem vínculos com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de suínos. O foco a encontrava-se á mais de 500 km distante da divisa com a zona livre de PSC do Brasil, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Diante desse acontecimento, como deverão proceder, nas suas respectivas esferas, a Agência de Defesa Sanitária do Estado do Ceará – ADAGRI e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA?
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