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21 Q678578 | Português, Concordância verbal, Segundo Semestre, Esamc, Esamc

Texto associado.
A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício
Márcio Seligmann-Silva

[...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

[...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.)
“Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa.”
Quanto à concordância, a forma verbal “podem” está

22 Q678584 | Português, Tipos de Discurso Direto, Segundo Semestre, Esamc, Esamc

Um dos processos estilísticos de Graciliano Ramos em Vidas Secas (1938) é o discurso indireto livre. Este pode ser reconhecido em:

23 Q678614 | Química, Radioatividade Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Segundo Semestre, Esamc, Esamc

O funcionamento de muitos detectores de fumaça depende da presença de amerício-241, um material radioativo. As partículas alfa emitidas por ele são capazes de ionizar o ar no interior do detector, gerando um meio condutor que permite uma corrente elétrica contínua entre dois eletrodos, e a entrada da fumaça nesse meio interrompe a corrente fazendo soar um alarme. Esses detectores, entretanto, não apresentam risco à saúde porque as partículas radioativas emitidas não conseguem atravessar suas paredes.
A partir do exposto, conclui-se que a propriedade da radiação alfa que garante a segurança da utilização de detectores de fumaça contendo o amerício-241 é:

24 Q948785 | Português, Regência, Primeiro Semestre, Esamc, Esamc

Texto associado.

Releia o excerto abaixo para a questão.


No bojo das ações referentes aos cortes gigantescos no orçamento de C&T, [...] o comunicado da Capes sobre a possível interrupção do pagamento das bolsas de pesquisa, a partir de 2019, causou estremecimento na comunidade científica brasileira. Apesar disso, o que presenciamos tem sido pouco ou nenhum posicionamento da mídia tradicional, a qual, pelo contrário, tem atacado sobremaneira a comunidade científica brasileira.

O trecho “ampliação das oportunidades inovativas domésticas” poderia ser reescrito, sem prejuízo de sentido, em:

25 Q948828 | Biologia, Sistema Esquelético e Muscular Humano, Primeiro Semestre, Esamc, Esamc

Leia o excerto:
A Monsanto, fabricante de produtos químicos, viu escalar o número de processos contra ela desde que foi condenada, no início do mês, a pagar indenização a um homem com câncer terminal. (Processos contra Monsanto disparam após empresa ser condenada a indenizar americano com câncer. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ ultimas-noticias/bbc/2018/08/23/processos-contra-monsanto-disparam-aposempresa-ser-condenada-a-indenizar-americano-com-cancer.htm?cmpid=copiaecola. Publicado em: 23 ago. 2018. Acesso em: 25 ago 2018, às 17h30.)
O efeito danoso dos agrotóxicos no organismo dos seres humanos se dá pelo fato de ele:

26 Q948797 | Matemática, Áreas e Perímetros, Primeiro Semestre, Esamc, Esamc

Um quadro de um programa de televisão premia com R$ 100 000,00 o participante que acertar uma série com 20 perguntas, cada uma delas contendo quatro alternativas de resposta, sendo somente uma correta. Caso o participante erre a última pergunta ou duas perguntas consecutivas, ele é eliminado do programa.


Se um participante responde às perguntas aleatoriamente, a probabilidade de ele ser eliminado exatamente após responder a 6ª pergunta, dado que ele acertou a primeira pergunta, é de:

27 Q678576 | Português, Figuras de Linguagem, Segundo Semestre, Esamc, Esamc

Texto associado.
A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício
Márcio Seligmann-Silva

[...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

[...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.)

Releia o trecho a seguir pra a questão:

“Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.”


A construção do sentido do texto ganha mais força retórica no trabalho entre as expressões “poderosa” e “inocente”. A esta figura de linguagem denominamos

28 Q948796 | Matemática, Circunferências e Círculos, Primeiro Semestre, Esamc, Esamc

Os pacientes com doenças infectocontagiosas são tratados em uma ala especial de um hospital, isolada das demais. Entretanto, um problema com o isolamento desta ala permitiu que uma determinada doença se propagasse aos demais pacientes em tratamento deste hospital.
Os médicos do hospital perceberam corretamente que, uma semana após o problema com o isolamento, 7 novos pacientes contraíram a tal doença; duas semanas depois do problema, mais 21 novos pacientes foram infectados por ela.
Supondo que, a cada semana, o aumento percentual do número de pacientes doentes seja constante, é possível prever corretamente que, no final da 9ª semana após o problema com o isolamento, o total de pacientes infectados com esta doença será:

29 Q678596 | Atualidades, Questões Sociais, Segundo Semestre, Esamc, Esamc

Leia o texto a seguir:
[No dia 31 de janeiro de 2018] encerrando as atividades do #JaneiroVermelho – Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais, os povos indígenas realizam uma série de ações em todo país com o objetivo de denunciar a crescente ameaça que os povos originários e seus territórios têm sofrido, bem como os retrocessos impostos pelo Estado brasileiro. Estão previstas ações em pelo menos 22 estados e no Distrito Federal, onde também será realizado a coletiva de imprensa, às 15h em frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No exterior, também estão sendo organizados atos em pelo menos seis países, entre eles a Suíça, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Portugal e Irlanda.
(Indígenas realizam mobilização nacional nesta quinta-feira, 31. Disponível em: https://mobilizacaonacionalindigena.wordpress.com/2019/01/30/ indigenas-realizam-mobilizacao-nacional-nesta-quinta-feira-31/ acesso em 13 mar. 2019, às 17h11min.)
Com base no trecho da notícia reproduzida acima, bem como em seus conhecimentos sobre a questão indígena brasileira, leia as afirmativas a seguir: I. Um retrocesso é a transferência para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) das atribuições de identificar, demarcar e registrar terras indígenas (TIs), medida que esvazia a Fundação Nacional do Índio (Funai). II. Várias comunidades têm sido invadidas e atacadas por agentes ligados aos interesses dos ruralistas, garimpeiros e madeireiros, em flagrante violação aos direitos de posse e usufruto exclusivo dos povos indígenas. III. A demarcação de Terras Indígenas é uma garantia de proteção à bio- diversidade e à reprodução física e cultural dos povos indígenas, conforme assegura o texto constitucional. Está (ão) correta (s):

30 Q678600 | Inglês, Segundo Semestre, Esamc, Esamc

Texto associado.
Considere o trecho do resumo de um artigo relacionado ao uso de agrotóxicos na agricultura brasileira para responder à questão.

The intensive use of pesticides in Brazilian agriculture is a public health issue due to contamination of the environment, food and human health poisoning. The study aimed to show the spatial distribution of the planted area of agricultural crops, the use of pesticides and related health problems, as a Health Surveillance strategy. We obtained data from the planted area of 21 predominant crops, indicators of the consumption of pesticides per hectare for each crop and health problems. The amount of pesticides used in the Brazilian municipalities was spatially distributed and correlated with the incidence of pesticides poisoning: acute, sub-acute and chronic. The health problems showed positive and significant correlations with pesticide use.

(Adaptado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid= S1413-81232017021003281&script=sci_abstract&tlng=en - Acessado em: 07/03/2019.)
O objetivo do estudo apresentado era
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