O termo “pé diabético” é empregado para
nomear as diversas alterações e complicações
que ocorrem, isoladamente ou em conjunto,
nos pés e nos membros inferiores das pessoas
com Diabetes Mellitus (DM). A úlcera do pé
diabético (UPD) é definida como uma lesão
espessada que atinge a derme e localiza-se
abaixo do tornozelo, independentemente do
tempo de diagnóstico do DM e estas podem ser
do tipo úlcera neuropática e sistêmica e cada
uma possui especificidades que devem ser
conhecidas pelo enfermeiro, para melhor
avaliação e conduta. A respeito das
características das úlceras neuropáticas e
isquêmicas no paciente diabético, é correto
afirmar que
a) o leito da úlcera neuropática é pálido, com
necrose úmido e seco e com pouca
quantidade de exsudato, já o leito da úlcera
isquêmica é cinzento, pálido (granulação
deficiente) e com muito exsudato
b) a dor de uma úlcera neuropática é intensa,
aumenta com o frio e a elevação do membro
e à noite, aliviando quando as pernas ficam
pendentes, diferente da úlcera isquêmica
que não causa dor
c) a pele perilesional da úlcera isquêmica é
seca, com rachaduras, fissuras e/ou
calosidades plantares e a profundidade da
lesão é geralmente rasa e a temperatura do
membro é normal ou aumentada.
d) o pulso das úlceras isquêmicas são
palpáveis e amplos, ITB normal ou superior a
1,1 a 1,4 já os da úlcera neuropáticas são
fracos ou ausentes, ITB < 9.
e) as úlceras neuropáticas tipicamente se
localizam em áreas com mais pressão e
atrito frequente como na região plantar do
hálux, cabeças do 1º, 3º e 5º metatarsianos,
região dorsal dos dedos, arco do pé e
calcanhar.