Questões de Concursos: Polícia Militar MG

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61 Q479590 | Farmácia, Administração de Medicamentos, Analista de Farmácia, Polícia Militar MG

Sobre as vias de administração de medicamentos, marque a alternativa INCORRETA:

62 Q4925 | Informática, Assistente Administrativo, Polícia Militar MG, FCC

Na escola onde Marcelo trabalha utiliza-se apenas o Sistema Operacional Windows e um software para a criação e edição de textos. Em um momento de agitação do trabalho diário, ele apagou por engano um documento importante do pen drive utilizando a tecla delete. Arrependido, Marcelo deu um duplo clique no ícone da lixeira na área de trabalho e

63 Q62008 | Português, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG

Quanto ao emprego de pronomes, marque a alternativa CORRETA.

64 Q62028 | Direito Penal Militar, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG

Em relação aos crimes militares em tempo de paz, previstos no CPM, analise as assertivas e marque a alternativa CORRETA:

I - Militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar comete crime militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil.
II - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil.
III - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar contra militar da reserva em qualquer circunstância.
IV - Militar durante o período de manobras ou exercício comete crime militar somente contra militar da reserva ou civil.
V - Militar em situação de atividade, ou assemelhado, comete crime militar contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar.

A alternativa CORRETA é:

65 Q17156 | Português, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG, CRSP

Em relação ao uso da crase, marque a alternativa CORRETA. 

66 Q17143 | Noções de Saúde, Higiene Bucal, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG, CRSP

Marque a alternativa CORRETA sobre o processamento de artigos e instrumentais odontológicos:   

67 Q159503 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Administrativo, Polícia Militar MG, CRSP

Texto associado.

Meio covarde

Ivan Ângelo

Eu devia ter dezesseis, dezoito anos no máximo. Teresa era uma vizinha

nova e falada. Não eram necessários muitos motivos para uma moça ficar falada

naqueles anos 50, mas Teresa conseguiu reunir quase todos: decote, vestido

justo, batom vermelho, sardas, tempo demais na janela, marido noturno e

bissexto, muito bolero no toca–discos e, motivo dos motivos, corpo em forma de

violão, como se dizia. Entre a minha casa e a dela havia um muro. Na época da

antiga vizinha, velha, feia, engraçada, amiga que eu visitava sempre, costumava

pular nosso muro para encurtar caminho. Ela não se importava e eu era quase

uma criança. Agora, olhando disfarçadamente a nova vizinha, eu ficava pensando

como seria bom pular o muro outra vez. Mas para essas coisas sou meio covarde.

O muro ficava na área do tanque de lavar roupa. Do lado de lá, ela

cantava com uma voz sensual, inquietante. Meu pai não gostava, sabe–se lá por

quê. Minha mãe também não, pode–se imaginar por quê. Talvez os motivos dele e

dela convergissem para o mesmo ponto, embora diferentes, ponto que era o meu

motivo para gostar tanto daquele canto. A voz ficava equilibrando–se em cima do

muro: "Meu bem, esse seu corpo parece, do jeito que ele me aquece, um

amendoim torradinho". Dava para ouvir minha mãe murmurar: "Sem–vergonha". O

"torradinho" era quase um gemido rouco, talvez ela cantasse de olhos fechados.

De vez em quando umas calcinhas de renda eram penduradas no varal. Minha

mãe não suportava aquilo. Eu tinha vontade de espiar por cima do muro para ver o

que ela estava fazendo, mas para essas coisas sou meio covarde.

Não era casada – a suspeita era geral. Mulher casada procura as

vizinhas, apresenta o marido, pede uma xícara de arroz emprestado. A

independência de Teresa insultava a comunidade solidária de mães, avós e filhas,

sempre se socorrendo com um molhozinho de couve, uma olhadinha no bebê, um

trocadinho para o ônibus. Os homens tinham pouco que fazer naquele quarteirão:

meninos jogando bola na rua, adolescentes trabalhando como office–boys ou

balconistas de dia e estudando à noite, maridos trabalhando de dia e relaxando à

noite com uma cervejinha — todos desejando Teresa. Quando eu voltava do

colégio, perto da meia–noite, via–a no alto do alpendre, esperando o marido, o

amante: o homem. Eu olhava, ela fumava, eu passava, ela ficava. Com a repetição

Teresa já me sorria, mas eu desconfiava do ar zombeteiro dela e nunca acreditei

no sorriso. Tinha vontade de enfrentá–la e perguntar, bem atrevido: está rindo de

mim ou pra mim? Em casa, na frente do espelho, ensaiava o tom, mãos na

cintura. Quando vinha no bonde, de volta do colégio, planejava: hoje eu falo. Mas

nunca consegui. Sou meio covarde para essas coisas.

Uma noite ela assoviou. Usava–se naqueles anos um assovio de

galanteio, de homem para mulher, um silvo curto logo emendado num mais longo,

fui–fuiiiu, que podia ser traduzido em palavras, e até era às vezes, quando a

pessoa queria ser mais discreta, ou quando estava contando que assoviaram para

ela, e nesse caso a garota falava: fulano fez um fui–fuiu pra mim. As mulheres às

vezes usavam o assovio para imitar com certa graça o jeito cafajeste dos homens,

e foi o que Teresa fez naquela noite. Tomei coragem, voltei, abri o portão, subi as

escadas, parei na sua frente no alpendre. Ela vestia um penhoar azul e sorria da

minha ousadia. Eu pretendia parecer desafiador, seguro, dono da situação, mas o

sorriso dela não indicava nada disso. Teresa disse com malícia que o marido

estava para chegar, não seria bom encontrar–me ali. Concentrei–me no papel

tantas vezes ensaiado, respondi que seria ótimo se ele chegasse, que assim eu

poderia explicar que ela havia assoviado, que eu havia subido para tomar

satisfações, que não sou palhaço... Não creio que a representação tenha sido

muito boa: ela continuava sorrindo. Recostou–se na amurada, usando a luz do

alpendre como uma atriz num palco, e sua voz quente convidou: "Ele não vem

hoje. Quer entrar um pouco?" Deveria ter sido mais prudente e recusado, mas

para essas coisas não sou covarde.

Entrei, conversamos sobre o meu futuro e o passado dela. Vem cá ver

minhas fotos, me disse, e eu a segui até um quarto pequeno onde havia uma

grande cama, um guarda–roupa, uma mesinha com um abajur. Senta, ela disse.

Apanhou no guarda–roupa uma caixa e mostrou–me fotografias de quando era

mocinha, cartas apaixonadas de antigos namorados, retratos deles ou de outros

com declarações de amor nas costas e uns versos dedicados a ela pelo namorado

atual. "Ele não é meu marido, não." Eram sonetos copiados de Camões, palavra

por palavra. Amor é ferida que dói e não se sente. Busque amor, novas artes, novo

engenho. Alma minha gentil que te partiste. "Eu não gosto muito dele, mas gosto

que ele me ame assim. Os meus namorados sempre me amaram muito." Tive

ciúmes deles e vontade de contar a ela que os sonetos eram de Camões, mas

para essas coisas sou meio covarde.

A roupa que Teresa vestia nem sempre estava onde deveria estar.

Conversar em cima de uma cama, recostar, mudar o braço de apoio, apanhar

coisas para mostrar, buscar conforto são movimentos que podem impedir um

penhoar azul de cumprir seu papel, mesmo que a pessoa não queira. Quando

chegou a hora de falarmos de nós, disse–lhe que seus olhares e sorrisos me

pareciam zombaria e me deixavam encabulado. Que tinha vontade de perguntar a

ela "o quê que há?", em tom de briga. Que tinha só dezessete (ou dezoito?) anos.

Ela falou que me achava muito sério para minha idade, muito bonitinho também,

que quando ouvia barulho de bonde depois das onze corna para o alpendre para

me ver e que às vezes me olhava por cima do muro. Tive vontade de contar que

sonhava muito com ela. Mas para essas coisas sou meio covarde.

Quase de manhã, pulei o muro que dava para minha casa. Ela me disse

que voltasse outras vezes. Era perigoso e eu deveria ter recusado. Mas para

essas coisas não sou covarde.

O texto acima foi extraído do livro "O ladrão de sonhos e outras histórias", Editora

Ática – São Paulo, 1994, pág. 46

Marque a alternativa CORRETA quanto às características e hábitos que definem Teresa como uma mulher falada pela comunidade local:

68 Q17159 | Português, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG, CRSP

Marque a alternativa CORRETA em relação à concordância das formas com o apassivador se: 

69 Q7737 | Matemática, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG

A interseção entre os gráficos das funções y = - 2x + 3 e y = x2+ 5x – 6 se localiza:

70 Q217189 | Matemática, Orientador Educacional, Polícia Militar MG, FCC

Para realizar uma viagem de 600 quilômetros utilizou–se um veículo cujo consumo médio de combustível era de 12 km por litro. No início da viagem o tanque continha 60 litros de combustível. Ao término da viagem, o número de litros de combustível restante no tanque era

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