[...] o fato maior do século XIX é a criação de uma
economia global única, que atinge progressivamente
as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada
vez mais densa de transações econômicas,
comunicações e movimentos de bens, dinheiro e
pessoas ligando os países desenvolvidos entre si e ao
mundo não desenvolvido. [...] Sem isso não haveria
um motivo especial para que os Estados europeus
tivessem um interesse, um algo mais que fugaz nas
questões, digamos, da bacia do Rio do Congo, ou
tivessem se empenhado em disputas diplomáticas em
torno de algum atol do Pacífico. Essa globalização da
economia não era nova, embora tivesse se acelerado
consideravelmente nas décadas centrais do século.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios. 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1988. p. 95.
O processo histórico da expansão imperialista
europeia no século XIX, descrito no texto por
Hobsbawm, pode ser caracterizado
a) pelo avanço do expansionismo europeu sobre o
Pacífico, a Ásia e a África, que impôs o controle
político e comercial de potências ocidentais a
diversas partes do mundo.
b) pela aliança com os Estados Unidos, que ocasionoua imposição de seus domínios políticos, econômicos
e culturais sobre os países da América Latina.
c) pela ausência do Estado protecionista europeu, o que
resultou na criação de uma economia global única.
d) pela criação de uma economia global, que favoreceu
o desenvolvimento industrial de regiões coloniais na
África e Ásia.