Do ponto de vista topográfico, uma pólis, no seu núcleo urbano, dividia-se com frequência em duas partes, que podiam ter
surgido primeiro independentemente: a acrópole, colina fortificada e centro religioso, e a ásty ou cidade baixa, cujo ponto focal
era o lugar de reunião (posteriormente também um mercado com lojas), a ágora. Um terceiro elemento muitas vezes presente
era o porto, mas esse podia também formar uma aglomeração separada, embora próxima (é o caso do Pireu , principal porto
de Atenas). [...] Por fim, o território rural semeado de aldeias (khóra ) completava o quadro da cidade-Estado.
(CARDOSO, 1985, p. 21 e 22.)
Essa visão topográfica é mais uma interpretação histórica do que dos gregos, pois:
a) Com a complexificação das relações sociais, as pólis perderam por completo sua peculiaridade e a Grécia se unificou.
b) Como não houve grandes disputas entre essas pólis, as características culturais eram homogêneas, assim como as decisões
políticas.
c) Há registros esclarecedores da arqueologia e da historiografia sobre possíveis reis e imperadores que unificaram
politicamente a Grécia.
d) Para os povos da Grécia, uma cidade-Estado era formada pela comunidade de seus cidadãos, como, por exemplo, “os
atenienses”, “os coríntios” etc.