A Norma Brasileira de Contabilidade, NBC TSP 34 – Custos no setor público, de 18 de novembro de 2021,
revogou a Resolução CFC n.º 1.366/2011, que aprovou a NBC T 16.11, norma que vigorou por mais de 10
anos, mas que obteve pouca adesão por parte das instituições públicas no que diz respeito à implantação de
sistemas de custos. A norma mais atual trata do processo de desenvolvimento de modelos de gerenciamento
de custos, segundo o qual é recomendável a observância de diretrizes que representam algumas etapas a
serem percorridas pela entidade, dentre as quais está a etapa de:
a) Estruturação, por meio do conhecimento da estrutura organizacional; do estudo dos processos internos
que permeiam as atividades; das escolhas do sistema de acumulação, do método de custeio e das bases
de mensuração que melhor se adequam às suas necessidades; e da análise dos sistemas ou fontes de
dados, com a finalidade de mapear os dados de entrada do sistema de informação de custos. Nessa
etapa, o objetivo é identificar e segregar os direcionadores de custos a serem mapeados.
b) Planejamento, amparado pelo apoio ativo da alta administração da entidade, que dotará formalmente a
equipe responsável pelo modelo com poder de decisão e com dedicação exclusiva. Nessa etapa, a alta
administração, além de definir os centros de responsabilidade e os objetos de custos, é responsável por
explicitar qual é a principal finalidade do modelo e seus propósitos de uso. Como boa prática, é
conveniente realizar benchmarking em outras entidades que desenvolveram modelos com finalidade
semelhante.
c) Implantação, viabilizada pela capacitação da equipe e divulgação do modelo. Nessa etapa, o objetivo é
mensurar e evidenciar os custos, bem como verificar a conformidade das informações geradas. Como
boa prática, é conveniente a utilização de projeto abrangente para implementação integral do modelo na
entidade.
d) Gestão, na qual deve ser avaliado o preço dos recursos, por meio da análise das informações de custos
geradas. Nessa etapa, o objetivo é utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos
processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, prestação de contas, transparência e
avaliação de desempenho. Como boa prática, é importante revisar o fluxo percorrido, primando pela
melhoria constante da mensuração de custos e precificação.
e) Retroalimentação, etapa que permite avaliar e corrigir os rumos do planejamento do sistema de
informações de custos, adequando método de custeio utilizado e redefinindo os objetos de custo que
sejam relevantes para o gerenciamento da instituição em busca do alcance de seus objetivos que,
necessariamente, estão vinculados à missão daquela instituição, que, por sua vez, está suportada pelos
princípios e valores que norteiam a sua condução.