Biólogas ressuscitam a teoria de Lamarck
Jean Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck, nasceu em 1744 no seio de uma família de militares. Após um ferimento, deixou a vida marcial e passou a estudar biologia e medicina. Seu primeiro livro, "Flore Française", foi publicado no ano de 1778. O volume lhe rendeu a indicação como professor responsável no Museu Nacional de História Natural, experiência que proporcionou ao botânico algum conhecimento no campo da zoologia. Com isso, Lamarck desenvolveu a biologia e, em 1809, foi o primeiro a formular uma teoria da evolução. Nela, a evolução se baseava em dois princípios: a lei do uso e desuso e a lei da herança. As modificações estruturais e adaptações se iniciavam com a usabilidade de um órgão ou membro e, consequentemente, essas características eram passadas de pai para filho. Com as teorias de Darwin e o tratado "A Origem das Espécies", as ideias de Lamarck e o "lamarckismo" caíram na obscuridade da história das ciências. Mas hoje, 29, é o lançamento de "Evolução em Quatro Dimensões", livro no qual duas cientistas, Eva Jablonka e Marion J. Lamb, resolveram rever as teorias do injustiçado naturalista francês. Segundo as autoras, o darwinismo precisa de uma reforma que passa pela incorporação do lamarckismo na teoria evolutiva. E afirmam que as novas descobertas da biologia molecular mostram que a evolução vai além da seleção de variações casuais nos genes. (Folhaonline, acesso em 21 mar. 2010.)