Questões de Concursos Variação Linguística

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1Q953432 | Português, Variação Linguística, Técnico Judiciário, TJ RO, Consulplan, 2025

Texto associado.

Leia o texto a seguir para responder à questão.


Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

– dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,

já a minha vontade de alegria,

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.


(PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1995, p.11.)
No verso “Aceito os subterfúgios que me cabem,” (L6), a palavra “que” foi empregada como:
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2Q957811 | Português, Variação Linguística, Tecnico Industrial, HEMOBRÁS, Consulplan, 2025

Texto associado.

Quando o professor tenta ensinar o que ele próprio não domina


O linguista Sírio Possenti, professor da Unicamp, reproduziu semana passada em seu Facebook a chamada de uma dessas páginas de português que pululam na internet: “16 palavras em português que todo mundo erra o plural”.

Comentário de Possenti, preciso: “Pessoas querem ensinar português ‘correto’ mas não conseguem formular o enunciado segundo as regras que defendem (ou defenderiam)”. Convém explicar.

A língua padrão que as páginas de português buscam ensinar obrigaria o redator a escrever “palavras cujo plural todo mundo erra”. Ou quem sabe, mexendo mais na frase para evitar o já raro cujo, “casos de palavras em que todo mundo erra o plural”.

A forma que usou, com o “que” introduzindo a oração subordinada, chama-se “relativa cortadora” – por cortar a preposição – e é consagrada na linguagem oral: todo mundo diz “o sabor que eu gosto”, mesmo que ao escrever use o padrão “o sabor de que eu gosto”.

O problema com o caso apontado por Possenti não é tanto a gramática, mas a desconexão de forma e conteúdo – a pretensão do instrutor de impor um código que ele próprio demonstra não dominar.

No discurso midiático sobre a língua, isso é mato. Muitas vezes o normativismo mais intransigente é apregoado por quem não consegue nem pagar a taxa de inscrição no clube. “Português é o que nossa página fala sobre!”

Mesmo assim, o episódio de agora me deixou pensativo. E se o problema do conservadorismo que não está à altura de si mesmo for além das páginas de português? Poderia ser essa uma constante cultural em nosso paisão mal letrado, descalço e fascinado por trajes a rigor? Só um levantamento amplo poderia confirmar a tese. Seguem dois casos restritos, mas factuais.

Em abril de 2022, o então presidente do Superior Tribunal Militar (STM), general Luís Carlos Gomes Mattos, submeteu a gramática a sevícias severas ao protestar contra a revelação, pelo historiador Carlos Fico, de áudios em que o STM debatia casos de tortura durante a ditadura de 1964.

“Somos abissolutamente (sic) transparente (sic) nos nossos julgamento (sic)”, disse o general. “Então aquilo aí (sic), a gente já sabe os motivos do porquê (sic) que isso tem acontecendo (sic) agora, nesses últimos dias aí, seguidamente, por várias direções, querendo atingir Forças Armadas...”

Gomes Mattos enfatizou ainda a importância de cuidar “da disciplina, da hierarquia que são nossos pilares (das) nossas Forças Armadas”. Mas disciplina e hierarquia não deveriam ser princípios organizadores da linguagem também? Que conservadorismo é esse?

No início de fevereiro, o reitor da USP publicou uma nota em resposta a uma coluna em que Conrado Hübner Mendes fazia críticas ao STF. Frisando o fato evidente de que a coluna de Mendes expressava a opinião de Mendes, não da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior escreveu que “a liberdade de cátedra se trata de prerrogativa exclusiva dos docentes”.

Sim, é verdade que a expressão impessoal “tratar-se de” tem sido usada por aí com sujeito, como se fosse um “ser” de gravata-borboleta. Trata-se de mais um caso de hipercorreção, fenômeno que nasce do cruzamento da insegurança linguística com nossas velhas bacharelices.

Não é menos verdadeiro que a norma culta do português (ainda?) condena com firmeza esse uso, o que torna digna de nota sua presença num comunicado público emitido pelo mais alto escalão da universidade mais importante do país.


(RODRIGUES, SÉRGIO. Quando o professor tenta ensinar o que ele próprio não domina. Jornal Folha de S. Paulo, 2024.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: janeiro de 2025. Adaptado.)

Infere-se do 4º§ que:
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3Q988801 | Português, Variação Linguística, Designer Gráfico e de Interface, UNIVESP, IBADE, 2025

Leia o texto e marque a alternativa correta quanto aos comentários dentre as alternativas abaixo:

Vício na Fala

“Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior dizem pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados.!” Oswald de Andrade
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5Q990275 | Português, Variação Linguística, DT Língua Portuguesa, Prefeitura de Iúna ES, IBADE, 2024

Analise o trecho a seguir e escolha a alternativa que melhor caracteriza as escolhas linguísticas e estilísticas utilizadas.

"Na penumbra da noite, os silêncios se entrelaçavam como fios de uma trama intricada, sussurrando segredos que se perdiam nos recantos sombrios da consciência. A lua, testemunha silente, lançava seus raios pálidos sobre os contornos obscuros da realidade."

Com base nesse contexto, assinale a alternativa correta.
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6Q875848 | Português, Variação Linguística, Vigilante, Câmara de Quixaba PE, CONTEMAX, 2024

Leia o texto a seguir:

“Vez e outra vou

Na venda do vilarejo pra comprar,

Sal grosso, cravo e outras coisa que faltar

Marvada pinga, ai ai”

O trecho acima é uma estrofe da música Vida Boa, de Victor Chaves, conhecida na voz da dupla Victor e Léo. Que tipo de variação linguística fica evidenciada por este trecho, analisando o contexto, e a utilização das palavras:

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7Q869991 | Português, Variação Linguística, Auxiliar Administrativo, Prefeitura de Inhumas GO, IV UFG, 2024

. Acesso em:18 dez. 2023. [Adaptado].Acerca da noção de variedade linguística, o texto defende que">

Leia o texto a seguir.




Texto 2




No uso de uma língua, será permissível sempre uma variação. Dependendo da situação, uma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua. A língua portuguesa não se apresenta de maneira uniforme em todo o território brasileiro. [...] A língua, em nenhuma circunstância, pode permanecer a mesma, ou seja, ela sempre está apta a variações, pois apresenta suas diferenciações; e essas variedades são de ordem geográfica, de ordem social e individual, pois procura-se utilizar o sistema linguístico de forma que melhor sejam exprimidos o gosto e o pensamento. Elas não prejudicam a unidade superior da língua nem a consciência que têm os que a falam. [...] É preciso entender que as diversas variedades linguísticas coexistem no tempo e no espaço, sendo utilizadas numa mesma época e numa mesma região. Todas as variedades linguísticas são consideradas corretas desde que cumpram com eficiência o papel fundamental da língua, que é permitir a interação verbal entre as pessoas do discurso.




Disponível em: <https://www.construirnoticias.com.br/lingua-portuguesa-a-comunicabilidade-da-lingua-atraves-das-variedades-linguisticas/>. Acesso em:

18 dez. 2023. [Adaptado].




Acerca da noção de variedade linguística, o texto defende que

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8Q989325 | Português, Variação Linguística, Administrativo, Prefeitura de Manaus AM, IBADE, 2024

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

O momento em que sua filha descobre a verdade sobre você.

Antes mesmo de ter uma filha já morria de medo disso: algum dia ela vai perceber que eu não sei de nada. Sim, porque é pra isso, em grande parte, que se tem filhos, pra que alguém no mundo acredite, nem que seja por alguns anos, que você sabe alguma coisa. E é por isso, também, que se odeia tanto os adolescentes: não é porque eles acham que os pais são idiotas, mas porque eles perceberam que os pais são idiotas. No caso da minha filha, a queda do mito paterno aconteceu um pouco mais cedo do que eu imaginava, mais precisamente aos três dias de vida.

Minha filha não chorou quando nasceu. Só choramos nós, os pais, emocionados de ter uma filha que não chora. Nasceu sorrindo, vê se pode, dizíamos nós, chorando. Depois chorei outra vez quando ela mamou na mãe, e chorei de novo quando vi os avós vendo a neta, e sendo avós pela primeira vez. Acho que foi ali que ela começou a suspeitar: quem é esse cara chorando o tempo todo? Barbudo, trinta anos na cara, chorando desse jeito? Será que ele tem algum problema?

A epifania aconteceu mesmo quando a gente chegou em casa e, pela primeira vez, ela chorou. E a partir daí não parava de chorar. Mamava e chorava e mamava. No meio da madrugada, quando a mãe dela dormia um sono merecido, peguei minha filha no colo e fomos pra sala. Achei que fosse resolver no mano a mano.

Foi ali, só nós dois, no lusco-fusco, que ela percebeu tudo. Aos três dias de vida, vi no fundo dos seus olhos que ela tinha descoberto que o seu pai não fazia a menor ideia do que tava fazendo. E foi ali que ela começou a chorar de verdade.

Desculpa, cheguei a dizer, desculpa ter feito você nascer de um pai que não sabe de nada, tanta gente escolada por aí e você veio parar logo na casa desse marinheiro de primeira viagem, esse sujeito que tá chorando mais que você, desculpa, filha, desculpa. E ela chorou mais ainda ao ver sua suspeita confirmada.

Desde então assisti milhões de vídeos no YouTube sobre como fazer um bebê parar de chorar. Vira pro lado, shh, shh [...]. Passou, passou, passou. Até agora não encontrei nenhum vídeo sobre como fazer um pai parar de chorar.

Filha, vou precisar de você. Seu pai também, coitado, acabou de nascer. Tá perdidinho. Me ensina a parar de chorar que nisso você já tá melhor que eu.


Gregório Duvivier (Ator, humorista, roteirista e escritor brasileiro. Ficou conhecido pelo seu trabalho no cinema e no teatro.) Jornal Folha de São Paulo
É uma característica predominante da linguagem do texto a:
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9Q877460 | Português, Variação Linguística, Cargos de Nível Fundamental, Prefeitura de Timóteo MG, FCM, 2024

Considerando a língua e suas modalidades, conforme os termos de Domingos Paschoal Cegalla (2020), associe os comandos à sua respectiva função.
COMANDOS
1 - Língua geral
2 - Língua popular
3 - Língua culta
4 - Língua falada
5 - Língua escrita
FUNÇÕES
( ) É a representação ou imagem da língua falada e é, também, sóbria e duradoura.
( ) É a língua oficial de um país, vivificada pelo uso comum e aceita pela comunidade. Para nós, brasileiros, é a língua portuguesa, vista em seu conjunto.
( ) É usada pelas pessoas instruídas das diferentes profissões e classes sociais. Seu vocabulário é mais amplo, mais preciso, e a frase, mais elaborada.
( ) É a fala espontânea e fluente do povo. Mostra-se quase sempre rebelde à disciplina gramatical e está repleta de palavras vulgares e expressões da gíria.
( ) É a língua viva e atual. Suas palavras são fortemente subsidiadas pela sonoridade e inflexões da voz, pelo ritmo da frase, pelo jogo fisionômico e a gesticulação.


A sequência correta para essa associação é:

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10Q877463 | Português, Variação Linguística, Cargos de Nível Fundamental, Prefeitura de Timóteo MG, FCM, 2024

Em sua obra, Gramática Reflexiva, Willian Cereja e Thereza Cochar explicam que: “Nascemos em meio a um mundo de linguagem, aprendemos a língua em contato com as pessoas que nos cercam e já estavam inseridas nessa linguagem. Desde bebês produzimos linguagem. Primeiramente alguns sons, que se transformam em palavras, enunciados. Nós nos apropriamos do vocabulário e das leis que regem nossa língua ao mesmo tempo que somos formados e vemos o mundo que nos cerca por meio dessa linguagem.”

Avalie as afirmações sobre as variedades linguísticas.

I - Norma-padrão é uma referência, uma espécie de modelo ou lei que normatiza o uso da língua, falada ou escrita.
II - As variedades do português que mais se aproximam da norma-padrão são menos prestigiadas socialmente.
III - Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
IV - Variedades urbanas de prestígio, também conhecidas como norma culta, são as variedades que mais se aproximam da norma-padrão e são empregadas pelos falantes urbanos mais escolarizados.
V - Ao assumir o compromisso de ensinar a norma-padrão, a escola tem em vista eliminar a língua que o aluno traz de casa, ao invés de prepará-lo para se comunicar com segurança e competência, independentemente de sua origem social.

Está correto apenas o que se afirma em:
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11Q877465 | Português, Variação Linguística, Cargos de Nível Fundamental, Prefeitura de Timóteo MG, FCM, 2024

Avalie as afirmações sobre a formação e significação de palavras na nossa língua portuguesa.

I - Existem vários tipos de linguagem não verbal e cada um usa diferentes recursos, como sons, traços, cores, movimentos, entre outros.
II - Linguagens são formas de comunicação e interação entre as pessoas que usam diferentes sistemas de signos para construir sentidos.
III - As gírias têm a característica de, geralmente, identificar o falante como pertencente a determinado grupo social (por exemplo, surfista, internauta, fã de música sertaneja etc.).
IV - A língua nos possibilita recriar, aprender a realidade, falar das coisas que existem, permitindo-nos dizer como as vemos ou sentimos; mas não nos possibilita criar outras “realidades” feitas de coisas que não existem.
V - Linguagem verbal é a língua, é um sistema de signos formado por palavras que se combinam em frases, formam enunciados, de acordo com determinadas regras. Com ela aprendemos o mundo e por meio dela podemos interagir com as pessoas.

Está correto apenas o que se afirma em:
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12Q675748 | Português, Variação Linguística, primeiro e segundo dia, ENEM, INEP, 2024

Dois países, três cidades, uma só comunidade

Cidades separadas por fronteira seca reúnem paranaenses, catarinenses e argentinos em uma integração. Essa irmandade entre os municípios é perceptível não apenas pela relação geográfica. Nas ruas ou no comércio, é fácil encontrar quem trabalhe em uma cidade e viva na outra. É comum perceber um sotaque quase indefinido, misturando português e espanhol, resultado da convivência entre brasileiros e argentinos. Palavras como camiáu (caminhão) não são encontradas nem no espanhol nem no português vernáculos, apenas no portunhol. Tal situação, de contato linguístico, é muito comum nas fronteiras de países ou até mesmo dentro de um país em que duas línguas coexistem, em regiões próximas a países fronteiriços ou em comunidades bilíngues.

Disponível em: www.gazetadopovo.com.br.

Acesso em: 12 dez. 2023 (adaptado).



De acordo com esse texto, a palavra “camiáu” é um exemplo de fenômeno que revela a



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13Q937399 | Português, Variação Linguística, primeiro e segundo dia, ENEM, INEP, 2024

Cotidiano

[...]

Seis da tarde como era de se esperar Ela pega e me espera no portão Diz que está muito louca pra beijar E me beija com a boca de paixão

Toda noite ela diz pra eu não me afastar Meia-noite ela jura eterno amor E me aperta pra eu quase sufocar E me morde com a boca de pavor

Todo dia ela faz tudo sempre igual Me sacode às seis horas da manhã Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortelã

CHICO BUARQUE.Construção.São Paulo: Phonogram / Philips, 1971 (fragmento).

Nessa letra de canção, que retrata o cotidiano de um casal, há marca de uso coloquial da língua portuguesa em
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14Q991932 | Português, Variação Linguística, Assistente Social, Santa Casa de Iúna ES, IBADE, 2024

Assinale a alternativa que faz uso de uma palavra própria da linguagem coloquial.
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15Q916440 | Português, Variação Linguística, Auxiliar de Serviços Gerais, Prefeitura de Padre Bernardo GO, IV UFG, 2024

Texto associado.
Outro empurrão desequilibrou-o. Voltou-se e viu ali perto o soldado amarelo que o desafiava, a cara enferrujada, uma ruga na testa. (...)
– Vossemecê não tem direito de provocar os que estão quietos.
– Desafasta bradou a polícia.
E insultou Fabiano, porque ele tinha deixado a bodega sem se despedir.
– Lorota, gaguejou o matuto. Eu não tenho culpa de vossemecê esbagaçar os seus possuídos no jogo?
Engasgou-se. A autoridade rondou por ali um instante desejosa de puxar questão. Não achando pretexto, avizinhou-se e plantou o salto da reiúna em cima da alpergata do vaqueiro.
- Isso não se faz moço, protestou Fabiano. (...)

RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 41ª ed. São Paulo: Record, 1978, p. 29 e 30.
A variação linguística presente no trecho acima destaca-se
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16Q871400 | Português, Variação Linguística, Agente de Saúde ACS, Prefeitura de Acreúna GO, Itame, 2024

O texto a seguir é parte da letra da música Qui nem jiló, cuja linguagem está marcada pela seguinte variação linguística:

Se a gente lembra só por lembrar O amor que a gente um dia perdeu Saudade inté que assim é bom Pro cabra se convencer Que é feliz sem saber Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar Com alguém que se deseja rever Saudade, entonce, aí é ruim Eu tiro isso por mim Que vivo doido a sofrer.
Compositores: Humberto Teixeira / Luis Gonzaga
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17Q916456 | Português, Variação Linguística, Nível Fundamental Completo, Prefeitura de São José de Piranhas PB, CPCON, 2024

Texto associado.
Leia o Texto II e responda à questão.

Texto II

REBECA LEVA PRATA E É MAIOR DO BRASIL EM JOGOS

Rebeca Andrade conquista prata, iguala recorde de velejadores e diz que 'está ficando gigante'

Ginasta brasileira fica na segunda colocação geral da disputa no salto, em Paris, e torna-se a atleta do país com maior número de medalhas, cinco, na história das Olimpíadas.

Nenhum brasileiro tem mais medalhas olímpicas do que Rebeca Andrade. São cinco. A mais recente delas foi obtida na tarde francesa de sábado (3), na Arena Bercy, onde ela ficou com a prata na prova do salto da ginástica artística dos Jogos de Paris, atrás somente da craque norte-americana Simone Biles.
Na França, a brasileira tem duelado com o maior nome da história da ginástica, que retornou em alto nível e triunfou na competição por equipes e na individual geral. Andrade foi respectivamente bronze e prata nesses torneios. No salto, ficou novamente atrás da lendária atleta dos Estados Unidos.
“A Simone é de outro mundo, né? A gente sempre busca evoluir da melhor maneira, e ver a ginástica incrível dela incentiva a todos, é uma inspiração”, afirmou a guarulhense, ciente de que também é espelho para muitos no Brasil. “Inspirar pessoas do meu país é muito bom, é algo que vou carregar para sempre.”

Fonte: PARIS, Marcos Guedes. Rebeca leva prata e é maior do Brasil em jogos. Folha de S. Paulo Primeira Página.A1. 4Aug 2024
Analise as assertivas acerca do fragmento: “a brasileira tem duelado com o maior nome da história da ginástica” (2º§):

I- Observa-se o emprego de uma linguagem formal, compatível com a linguagem jornalística.
II- Trata-se de um fragmento extraído de um jornal de circulação nacional, razão pela qual precisa manter o rigor formal da língua.
III- Trata-se de um fragmento extraído de um jornal local, razão pela qual não é necessário manter o rigor formal da língua.

É CORRETO o que se afirma em:
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18Q964923 | Português, Variação Linguística, Perfil Interno, Banco do Brasil, FGV, 2023

Assinale a opção que apresenta a frase interrogativa que mostra um registro popular de linguagem.
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19Q1002824 | Português, Variação Linguística, Técnico em Enfermagem, EBSERH, IBFC, 2023

Texto associado.
Texto

Automóvel: Sociedade Anônima

(Paulo Mendes Campos)

Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Saiba que está praticando um gesto essencialmente econômico; não para a sua economia, mas para a economia coletiva. Isso quer dizer que, do ponto de vista comunitário, o automóvel que você adquire não é um ponto de chegada, uma conquista final em sua vida, mas, pelo contrário, um ponto de partida para os outros. Desde que o compre, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo.

Com o carro, você está ampliando seriamente a economia de milhares de pessoas. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro para toda classe de pessoas: industriais europeus, biliardários do Texas, empresários brasileiros, comerciantes, operários especializados, proletários, vagabundos, etc.

Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que podemos encolher ao máximo nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita, localizada no Brasil, mas sem qualquer inibição no que toca à remessa de lucros para o exterior; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas, etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios, etc.; as indústrias de petróleo [...]

Você já pode ir vendo a gravidade do seu gesto: ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente, até ontem, você estava fora do alcance deles; hoje, seu transporte passou a ser, do ponto de vista econômico, simplesmente transcendental. Você é um homem economicamente importante – para os outros. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você.

Mas não fica só nisso; você estará ainda girando numa constelação menor, miúda mas nada desprezível: a dos recauchutadores, eletricistas, garagistas, lavadores, olheiros, guardas de trânsito, mecânicos de esquina. Você pode ainda querer um motorista ou participar de alguma das várias modalidades de seguros para automóveis. Em outros termos, você continua entrando pelo cano. No fim deste, há ainda uma outra classe: a dos ladrões, seja organizada em sindicatos, seja a espécie de francopuxadores. [...]
No último parágrafo, a expressão destacada em “Em outros termos, você continua entrando pelo cano.” cumpre o seguinte efeito linguístico:
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20Q993989 | Português, Variação Linguística, Agente Censitário de Pesquisas e Mapeamento, IBGE, SELECON, 2023

Texto associado.

Texto II



A importância da informação estatística para as políticas

sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do

passado para considerar no presente



O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época. Não há como não reconhecer que parte das conquistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza, promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência pelo vasto território brasileiro deve-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionais de planejamento e estatística.


É claro que a efetividade das políticas sociais depende de uma série extensa de fatores, mas a informação estatística cumpre papel instrumental relevante em todas as fases de implementaçãode um programa público, da formulação à avaliação do mesmo (HOWLET et al., 2013). Políticas sociais são muito intensivas em informação no processo de seu desenho e implementação. Elas se estruturam como sistemas complexos, articulando programas de natureza universal com ações redistributivas em várias áreas setoriais, operados por agentes em diferentes níveis federativos de governo, em contextos desiguais em termos de capacidade de gestão e de perfil socioeconômico de públicos-alvo. Como discutido em Jannuzi (2016), para que essas políticas e programas sociais consigam cumprir seus objetivos específicos e contribuir para maior efetividade social da ação pública, é necessário produzir informação e estudos de diferentes naturezas – levantamentos diagnósticos detalhados, sistemas de indicadores de monitoramento de ações, pesquisas de avaliação de processos e de resultados de programas, investigação de potenciais impactos e externalidades negativas –, valendo-se de uma combinação plural de metodologias (quali, quanti e participativas), com abordagem de diferentes sujeitos envolvidos (beneficiários, usuários, técnicos na ponta e gestores).


Entre tais levantamentos figuram, em especial, os Censos Demográficos, a cinquentenária Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, e agora PNAD-Contínua) e as edições, há 20 anos, da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Essas pesquisas parecem se constituir nos levantamentos estatísticos mais impactantes para a formulação e avaliação de políticas sociais no Brasil. Há certamente outras pesquisas importantes a serem mencionadas, como as Estatísticas do Registro Civil, as Pesquisas de Orçamento Familiar, a Pesquisa Mensal de Emprego, a Economia Informal Urbana e, mais recentemente, a Pesquisa Nacional de Saúde, cujas contribuições precisam ser resgatadas em outros textos e estudos.


Os Censos têm permitido o desvelamento dos bolsões de pobreza e outras iniquidades no território nacional, nos municípios e seus bairros. As PNAD (e PNAD-C) possibilitam acompanhar os efeitos – e defeitos – de políticas e programas nas mais variadas áreas setoriais, tais como trabalho, educação, saúde, previdência e assistência social, entre as principais. As Munic e, desde 2012, as Pesquisas de Informações Básicas Estatuais (Estadic) têm viabilizado o dimensionamento da capacidade subnacional de gestão de políticas, de equipamentos públicos e de atendimento de serviços sociais. As três pesquisas se destacam pelo conjunto integrado de informações que proporcionam, pela abrangência temática, regularidade e cobertura territorial. Essas características garantiram a produção de dados cruciais para identificação de demandas sociais, elaboração de diagnósticos, formulação de políticas e programas e avaliação da efetividade dos mesmos ao longo das últimas décadas.


É o que se procura resgatar de forma breve e ensaística nesse texto, como subsídio para o debate acerca do mérito e dificuldades de financiamento do Censo 2020, dos suplementos temáticos das PNAD-C, Munic e outras pesquisas do Sistema Estatístico. Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país. Não são pouco gravosas as consequências da eventual descontinuidade de séries históricas de longa data ou a decisão de adiar a captação de dados acerca de novas questões da agenda social no país.


Fonte: JANUZZI, P. M. A importância da informação estatística para as políticas sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do passado para considerar no presente. “Revista Brasileira de Estudos de População”, V. 35, N. 1, 2018, p. 1-10. (adaptado)


Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=pt#



Acesso em 26 jul. 2023.




No Texto II, embora predomine a linguagem formal, há alguns usos que fogem às prescrições normativas. A alternativa em que se destaca um uso informal e se propõe, em sequência, uma versão adequada à norma-padrão da língua portuguesa é:
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