Questões de Concursos: Ciencias Economicas

Prepare-se para a prova com questões de Ciencias Economicas de Concursos Públicos! Milhares de questões resolvidas e comentadas com gabarito para praticar online ou baixar o PDF!

Filtrar questões
💡 Caso não encontre resultados, diminua os filtros.
Limpar filtros

1 Q943780 | Economia, Escola Clássica, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

"A riqueza das sociedades onde reina o modo de produção capitalista aparece como uma enorme coleção de mercadorias, e a mercadoria individual, por sua vez aparece como sua forma elementar. [...] A mercadoria é antes de tudo, um objeto externo, uma coisa que, por meio de suas propriedades, satisfaz necessidades humanas de um tipo qualquer. [...] A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso. Mas essa utilidade não flutua no ar. Condicionada pelas propriedades do corpo da mercadoria, ela não existe sem esse corpo. [...] O valor de uso se efetiva apenas no uso ou no consumo. [...] O valor de troca aparece inicialmente como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de outro tipo, uma relação que se altera constantemente no tempo e no espaço."
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I: o processo de produção do capital. 2 ed. São Paulo: Boitempo, 2017. pp. 117-118
Marx inicia sua obra clássica definindo o que é mercadoria, já que é tão importante para a compreensão do capitalismo, seu objeto de investigação. Para isso, dentro do método materialismo histórico e dialético, ele retoma a crítica à noção de valor, e aprimora a visão clássica de Smith e Ricardo, estabelecendo sua visão do que é valor de uso e de consumo. Como Marx compreende o que é valor?

2 Q944918 | Economia, História Econômica Mundial, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

Logo após a Segunda Guerra Mundial, as Nações Unidas criaram a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a fim de promover o desenvolvimento da região. Foi nesse contexto que Raul Prebisch (1901-1986), presidente do Banco Central da Argentina, a partir do final dos anos 1940, contribuiu com uma nova abordagem analítica.
VELOSO, F. et al. Desenvolvimento Econômico: uma perspectiva brasileira. São Paulo: GEN Atlas, 2012 (adaptado).
A respeito do desenvolvimento da América Latina, na perpectiva do pensamento cepalino, assinale a opção correta.

3 Q944912 | Economia, Contabilidade Nacional PIB, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

Texto 1
A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso. Essa utilidade condicionada pelas propriedades do corpo da mercadoria, pois ela não existe sem esse corpo. O seu caráter não depende do fato de a apropriação de suas qualidades úteis custar muito ou pouco trabalho aos homens. O valor de uso se efetiva apenas no uso ou no consumo. O valor de troca aparece inicialmente como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de outro tipo, uma relação que se altera constantemente no tempo e no espaço. Na própria relação de troca das mercadorias, seu valor de troca apareceu-nos como algo completamente independente de seus valores de uso. No entanto, abstraindo-se agora o valor de uso dos produtos do trabalho, obteremos seu valor.
MARX, K. O Capital: crítica da economia política. Livro 1, cap. 1. São Paulo: Boitempo, 2011 (adaptado).
Texto 2
Portanto, o único elemento que era comum a todas as mercadorias e diretamente comparável em termos quantitativos era o tempo de trabalho necessário para sua produção. Quando Marx considerou, abstratamente, as mercadorias, ignorando todas assuas diferenças e peculiaridades, elasforam reduzidas às incorporações materiais do trabalho em sua produção. As mercadorias, assim consideradas por Marx, eram definidas como valores.
HUNT, E. K. História do pensamento econômico: uma perspectiva crítica. Rio de Janeiro: Campus, 1982 (adaptado).
Considerando os textos apresentados, de acordo com a perspectiva marxista, avalie as afirmações a seguir.
I. O elemento comum às mercadorias que se apresenta na relação de troca ou no valor de troca das mercadorias é o seu valor.
II. O conceito de valor presente na obra de Marx decorre de bases teóricas utilitaristas.
III. A quantidade de trabalho socialmente necessária ou o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção da mercadoria determinam a grandeza de seu valor.
IV. O valor da força de trabalho, assim como ocorre com as demais mercadorias, é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessária para sua (re)produção.

É correto apenas o que se afirma em

4 Q943772 | Economia, Contabilidade Nacional PIB, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

O Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo IBGE, fechou 2019 com crescimento de 1,1%, totalizando R$ 7,257 trilhões. Trata-se do terceiro resultado positivo, após as altas de 1,3% de 2017 e de 2018, que interromperam as quedas de 2015 e 2016. Entre os componentes da demanda interna, houve avanço no consumo das famílias (1,8%), e na formação bruta de capital fixo, em 2,2%. (Trecho de 04/03/2020, extraído em 14/09/2020 de https://agenciadenoticias.ibge.gov.br)
Considerando o tema do trecho acima, avalie as afirmações a seguir:
I. Sob a ótica da procura ou da despesa, o PIB é a soma das remunerações do trabalho, do capital de empréstimo e do capital de risco, dos impostos líquidos de subsídios sobre a produção e importação, e dos aluguéis. II. O PNB do país ficaria maior que o PIB de R$ 7,257 trilhões, caso o país tivesse apresentando um valor de renda recebida do exterior superior ao montante de renda enviada ao exterior. III. Os valores de bens e serviços intermediários, como matérias-primas, componentes, energia, são incluídos no cálculo do PIB em separado aos valores dos bens e serviços finais. IV. A formação bruta de capital fixo, que atingiu variação de 2,2%, não inclui o gasto das empresas em depreciação, correspondendo, portanto, ao aumento "puro" de capacidade produtiva em 2019.
Está (ão) correta(s) apenas:

5 Q943775 | Economia, Índice de Desenvolvimento Humano, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

"Saiu recentemente na revista The Economist um interessante artigo sobre o que a publicação denominou como meritocracia hereditária. O argumento central é de que os filhos da elite, justamente por serem filhos da elite, são preparados de tal maneira que estas crianças não só chegam ao topo, mas são merecedoras desta situação uma vez que atingem os padrões da meritocracia melhor do que seus pares. Fazem, portanto, jus ao status que herdam.
É inevitável recordar uma crônica do cineasta Cacá Diegues publicada na revista Piauí, intitulada Seleção Artificial que trata do aparecimento, no futuro, do Homo ricus, desenvolvido a partir de uma parcela da população que tem acesso a serviços avançadíssimos de terapia genética na fronteira tecnológica dissociada dos demais Homo sapiens. Os lucros com esta se tornariam de tal modo elevados que os laboratórios deixariam de fabricar os medicamentos convencionais para os homens comuns.
(...)
Tanto a meritocracia hereditária como a seleção artificial são resultados de uma falha da economia de mercado, ainda que ela funcione do modo mais perfeito que os modelos neoclássicos possam conceber: a alocação inicial dos fatores desigual.
O conceito de eficiência subjacente na economia neoclássica é aquele proposto por Pareto, ou seja, qualquer cenário em que não se possa melhorar a situação de alguém sem piorar a situação de outro é um ótimo de Pareto. A eficiência de Pareto, contudo, não busca um ótimo social e tampouco se preocupa com questões de equidade."
Disponível em https://brasildebate.com.br/pela-igualdade-na-distribuicao-inicial-da-riqueza/. Acesso em 17/09/2020.
O trecho acima fala sobre a alocação inicial de fatores e sua relação com a equidade. A equidade é um ponto chave no estudo da economia do bem-estar. Sobre o bem-estar, do ponto de vista econômico é correto afirmar que:

6 Q944920 | Economia, Desenvolvimento Econômico, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

O desenvolvimento, no sentido em que o tomamos, é um fenômeno distinto, inteiramente estranho ao que pode ser observado no fluxo circular ou na tendência para o equilíbrio. É uma mudança espontânea e descontínua nos canais do fluxo, perturbação do equilíbrio, que altera e desloca para sempre o estado de equilíbrio previamente existente.
É o produtor que, via de regra, inicia a mudança econômica, e os consumidores são educados por ele, se necessário; são, por assim dizer, ensinados a querer coisas novas, ou coisas que diferem em um aspecto ou outro daquelas que tinham o hábito de usar. Portanto, apesar de ser permissível e até necessário considerar as necessidades dos consumidores como uma força independente e, de fato, fundamental na teoria do fluxo circular, devemos tomar uma atitude diferente quando analisamos a mudança.
Produzir significa combinar materiais e forças que estão ao nosso alcance. Produzir outras coisas, ou as mesmas coisas com método diferente, significa combinar diferentemente esses materiais e forças. Na medida em que “novas combinações” podem, com o tempo, originar-se das antigas por ajuste contínuo mediante pequenas etapas, há certamente mudança, possivelmente crescimento, mas não um fenômeno novo nem um desenvolvimento em nosso sentido.
SCHUMPETER, J. A. A teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1997 (adaptado).

Considerando o processo de desenvolvimento econômico, segundo Schumpeter, assinale a opção correta.

7 Q944915 | Economia, Desenvolvimento Econômico, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

Uma das formas de analisar o processo de crescimento econômico de um país é pela elaboração de modelos formais de crescimento. (i) O primeiro modelo específico de crescimento surgiu na década de 1930; neste primeiro modelo, de tradição keynesiana, tem-se o investimento líquido como a chave para o crescimento econômico, porém não se define como obtê-lo. (ii) Posteriormente, foi formulado um modelo que trouxe mudanças para a análise do crescimento, permitindo a substituição de capital por trabalho e introduzindo a contabilidade do crescimento e a análise de produtividade total dos fatores; neste modelo, no entanto, há uma limitação: o motor do crescimento é exógeno. Na década de 1980, dois novos modelos vencem esta limitação, ao considerarem, respectivamente, (iii) os gastos em pesquisa e desenvolvimento e (iv) os gastos com capital humano como fatores-chave para o crescimento econômico.
As descrições apresentadas em (i), (ii), (iii) e (iv) no texto referem-se, respectivamente, aos modelos teóricos de

8 Q944925 | Economia, Curva de Phillips, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

A curva de Phillips, em sua forma moderna, enuncia que a taxa de inflação depende de três forças: inflação esperada; desvio do desemprego em relação à taxa natural, também chamada de desemprego cíclico; e choques de oferta. Essas três forças estão expressas na equaçãoπ= πe – β(uun ) + v, em que πé a inflação,πea inflação esperada, (uun) corresponde ao desemprego cíclico, βmede a relação entre inflação e desemprego, e v mede o choque de oferta.
MANKIW, N. G. Macroeconomia. São Paulo: Editora Atlas, 2021 (adaptado).
Quanto à curva de Phillips, avalie as afirmações a seguir.
I. A relação entre inflação e desemprego é negativa e expressa pelo valor deβ.
II. A curva de Phillips é usada para as seguintes finalidades: descrever o lado da demanda da economia em modelos macroeconômicos; medir o impacto do desvio do produto em relação ao seu nível potencial na taxa de inflação; medir a inércia inflacionária; e realizar previsões.
III. Os modelos de curva de Phillips têm como objetivo medir a expectativa de inflação, a partir das variáveis da equação relacionadas à inflação e ao desemprego.
IV. As expectativas das famílias e empresas, no Regime de Metas de Inflação, repercutem nas decisões de política monetária.

É correto apenas o que se afirma em

9 Q944916 | Economia, História Econômica Mundial, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

A partir de meados da década de 1970, os mercados financeiros iniciaram um processo de transformação que, décadas depois, ainda prossegue. As origens dessas modificações remetem ao colapso do sistema monetário internacional criado na conferência de Bretton Woods em 1944. Nessa conferência, os países mais importantes do mundo capitalista decidiram organizar as relações monetárias internacionais em torno de um sistema de taxas de câmbio fixas, ancorado no dólar norte-americano, cujo valor, por sua vez, era fixado com relação ao ouro. Esse sistema funcionou de forma bastante satisfatória durante mais de vinte anos, mas começou a dar sinais de esgotamento ao final dos anos 1960.
CARDIM DE CARVALHO, F. J. et al. Economia Monetária e Financeira: Teoria e Política. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2012 (adaptado).
Com relação às mudanças do sistema monetário internacional ocorridas após a Segunda Guerra Mundial, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. As taxas de câmbio, antes fixas, passaram a ser flutuantes com o colapso do Sistema de Bretton Woods, o que modificou a forma como os países desenvolvidos conduziam a sua política monetária.
PORQUE
II. O sistema de Bretton Woods era regido pelo padrão dólar-ouro, apenas os Estados Unidos tinham total autonomia de política monetária, o que gerou pressão para que houvesse uma alteração de regime cambial.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

10 Q944913 | Economia, História Econômica Brasileira, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

A partir de 1999, a política monetária brasileira, a exemplo do que ocorre em vários países emergentes e desenvolvidos, passou a ser realizada no contexto do Regime de Metas de Inflação (RMI). A ideia por trás desse arcabouço é que o Banco Central (Bacen) se compromete a alcançar determinada meta anual de inflação. Nesse sentido, essa passa a ser uma regra a ser seguida pela autoridade monetária, aumentando-se a credibilidade da política monetária, o que serve para reduzir ou “ancorar” as expectativas de inflação dos agentes privados. O principal instrumento utilizado é a taxa básica de juros, definida como a taxa de juros da Selic para títulos públicos federais. A meta de inflação, determinada com dois anos de antecedência pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é balizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que constitui o índice oficial. Existe uma margem de tolerância que permite que a variação anual do índice esteja 2% abaixo ou acima da meta estipulada. Outra característica do RMI é sua transparência. No caso brasileiro, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Bacen publica, em seu portal, a Ata do Copom, que apresenta todos os indicadores econômicos analisados por seus integrantes.
VASCONCELLOS, M. S.; GAMBOA, U. M. de; TUROLLA, A. Macroeconomia para gestão empresarial. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2016 (adaptado).
Considerando as informações apresentadas, ao que se refere ao RMI, avalie as afirmações a seguir.
I. O RMI foi implementado no Brasil em 1999, com a autonomia operacional do Bacen, que foi transformada em independência, de fato, após a crise financeira internacional de 2008.
II. A discricionariedade constitui princípio básico de funcionamento da política monetária do RMI, pois permite mudanças na taxa de juros para o alcance da meta, conforme a perspectiva keynesiana de funcionamento adequado da política monetária.
III. O RMI vem-se mostrando, no Brasil e em outros países em que foi implementado, uma estratégia de política de combate à inflação alternativa ao que se praticava no passado, como, por exemplo, o cumprimento das metas de agregados monetários e(ou) a ancoragem cambial.

É correto o que se afirma em
Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para aprimorar sua experiência de navegação. Política de Privacidade.