Baruch Espinoza (1632-1677), em sua obra Ética , escreve:
“Cada coisa esforça-se, tanto quanto está em si, por
perseverar em seu ser” (Ética III, prop. 6). Nessa
proposição, Espinoza postula que existe, em cada corpo e
mente (ser), a potência de afetar ou ser afetado pelos
fenômenos. A cada instante, portanto, as afecções
determinam essa potência; mas, a cada instante, essa
potência é a procura daquilo que é útil em função das
afecções que o determinam. É por isso que um corpo vai
sempre o mais longe que pode, tanto na paixão quanto na
ação; e aquilo que ele pode é seu (DELEUZE. Espinosa e o
Problema da Expressão , p. 177, 2017). No aspecto
psicopatológico, sabemos que as funções psíquicas são
integrativas, em seus planos, tentando manter a
homeostase psíquica do indivíduo, sobretudo nas relações
do ser com o mundo e como as coisas do mundo afetam
esse indivíduo. Nesse contexto, em um paralelo com os
conceitos de Espinoza, as funções psíquicas compatíveis
com as quais ele postula são:
a) a consciência e o pensamento.
b) o afeto e a consciência.
c) o afeto e a conação.
d) a consciência e a conação.