INSTRUÇÃO : Leia o fragmento do texto “História da máquina que faz o mundo rodar, de Antônio Ferreira da Cruz”, para
responder a esta questão:
“Morava na Paraíba
Lá nos confins do agreste
Um homem de pouca idade
Que tinha saber por peste
A ponto até de querer
Vencer o plano celeste.
[...]
Vendo que era impossível
Ao céu poder subir
Ficou com a pretensão
De tudo o mais descobrir
Começou andar no mundo
E até a ladrões perseguir.
[...]
No sonho ele fez a conta
Da soma que precisava,
Meteu-se a tirar dinheiro,
Até nas feiras andava,
Toda espécie de esmoler,
Na dita máquina jogava...
[...]
Quando um diz: ele não faz,
Já outro fica zangado
Dizendo: assim como Cristo
Morreu e foi ressuscitado
Ele também faz a máquina
E meu dinheiro é lucrado.
[...]
Depois que ele subiu
Ficou o povo olhando,
Cantando Serena Estrela,
E o tempo foi se passando,
Ainda hoje não voltou,
Mas, o povo está esperando...
[...]
Agora peço desculpas
Da minha publicidade,
Que a máquina mova o mundo
Não creio que seja verdade,
Afinal para o futuro,
Se verá a realidade!...”
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literaturacordel.htm. Acesso em: 10 jun. 2024. Adaptado.
Sobre a literatura e a cultura do cordel, é possível afirmar:
a) O cordel nasceu no Brasil e se popularizou através da exposição dos papéis pendurados em cordas – ou cordéis, como
são chamados originalmente no Nordeste.
b) A literatura de cordel chegou ao Brasil com os portugueses e tornou-se um meio de eternizar as narrativas cantadas
pelos repentistas populares do Nordeste brasileiro.
c) O cordel, com linguagem rebuscada e rica em rimas, espalhou-se pelo Brasil por meio dos repentistas – poetas,
músicos e escritores de bancada.
d) A literatura de cordel é muito conhecida pelas pinturas que ilustram as páginas dos poemas, nas quais é muito usado
o desenho manual, que não se repete.
e) O rádio é o principal veículo de divulgação de cordelistas e repentistas, pois nem todos os meios de comunicação
constituem espaços de divulgação dessa literatura.