Texto associado. A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira.
No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de meihores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação.
A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas.
(André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed , 2006 p 78
... tudo sobrevive em Caymmi ... (3º parágrafo)
0 pronome grifado acima
a) indica a presença de alguns temas, sobretudo ligados ás festividades da Bahia, que despertavam a curiosidade de alguns cantores nessa época.
b) acentua a importância de Caymmi como um famoso compositor do rádio, o meio de divulgação mais conhecido no Rio de Janeiro.
c) demonstra as influências recebidas por Caymmi de cantores famosos no Rio de Janeiro, que garantiram o sucesso de suas músicas.
d) refere-se a presença dos diferentes elementos que serviram de inspiração para outros compositores, que também faziam sucesso no rádio.
e) sintetiza a seqüência, que vinha sido apresentada, dos temas referentes à Bahia abordados por Caymmi em suas músicas.