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Prova de Português – Interpretação de Textos – SEDF Quadrix Edital 31

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1Q1025682 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
O tema negro não é único ou obrigatório, nem se transforma em uma camisa de força para o autor afro-descendente, o que redundaria em visível empobrecimento. Por outro lado, nada obriga que a matéria ou o assunto negro estejam ausentes da escrita dos brancos, atraídos desde cedo pela busca do exótico e da cor local. Nas primeiras décadas do Modernismo, auge da moda primitivista e negrista na literatura e nas artes de vanguarda, ocorrem inúmeras apropriações, incorporadas a textos hoje clássicos, apesar da advertência de Oswald de Andrade contra a “macumba para turistas”. Por isto mesmo, é preciso enfatizar que a adoção da temática afro não deve ser considerada isoladamente e, sim, em sua interação com outros fatores, como autoria e ponto de vista.

Eduardo de Assis Duarte. Literatura afro-brasileira: um conceito em construção. In: Estudos de literatura brasileira contemporânea, n.º 31, 2008, p. 14 (com adaptações).
Considerando o texto acima e os diversos aspectos relacionados à literatura afro-brasileira, julgue o item.
A advertência de Oswald de Andrade referida no texto reflete a proposta estética de crítica ao eurocentrismo na arte brasileira, característica da vertente modernista liderada pelo poeta e expressa no Manifesto Antropófago e no Manifesto da Poesia Pau-Brasil.
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2Q1025685 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
O tema negro não é único ou obrigatório, nem se transforma em uma camisa de força para o autor afro-descendente, o que redundaria em visível empobrecimento. Por outro lado, nada obriga que a matéria ou o assunto negro estejam ausentes da escrita dos brancos, atraídos desde cedo pela busca do exótico e da cor local. Nas primeiras décadas do Modernismo, auge da moda primitivista e negrista na literatura e nas artes de vanguarda, ocorrem inúmeras apropriações, incorporadas a textos hoje clássicos, apesar da advertência de Oswald de Andrade contra a “macumba para turistas”. Por isto mesmo, é preciso enfatizar que a adoção da temática afro não deve ser considerada isoladamente e, sim, em sua interação com outros fatores, como autoria e ponto de vista.

Eduardo de Assis Duarte. Literatura afro-brasileira: um conceito em construção. In: Estudos de literatura brasileira contemporânea, n.º 31, 2008, p. 14 (com adaptações).
Considerando o texto acima e os diversos aspectos relacionados à literatura afro-brasileira, julgue o item.
A atração dos autores brancos pelo exotismo ao tratar do tema negro, referida pelo autor do texto, é criticada no fragmento a seguir, de Meu negro (publicado em 2018), do poeta Ricardo Aleixo: “Sou o que quer que você pense que um negro é. Você quase nunca pensa a respeito dos negros. Serei para sempre o que você quiser que um negro seja. Sou o seu negro. Nunca serei apenas o seu negro. Sou o meu negro antes de ser seu”.
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3Q1025686 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.

Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

A instabilidade da definição do que é literatura revela-se no fato de a BNCC reconhecer diversos campos de atuação social em que as práticas de linguagem ocorrem, sem destacar a especificidade daquelas ligadas ao campo artístico-literário.

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4Q1025687 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.

Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

A formação do leitor fora do ambiente escolar se dá sob a influência de um ambiente mercadológico, em que o texto literário participa de um sistema multiplataformas, desdobrando-se ou sendo derivado de produtos da indústria fonográfica, do cinema, da TV, dos games, entre outros.

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5Q1025688 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.

Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

O cânone da literatura, categoria estável por definição teórica, é formado por um conjunto de escritores e obras pré-determinados por documentos como a BNCC e os Parâmetros Curriculares Nacionais, estando incorporado no Currículo em Movimento.

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6Q1025689 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.

Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

A “diversidade” a que se refere o título do texto e que é defendida pela autora baseia-se na necessidade de se valorizarem os diferentes gêneros textuais inseridos nas práticas sociais dos leitores.

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7Q1025690 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.
A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.

Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

Conhecida pela circulação em saraus, as literaturas de periferias, na contemporaneidade, têm na oralidade uma de suas marcas, tanto na poesia quanto na prosa.

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8Q1025692 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.

Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

Os versos livres do poema, assim como a temática ligada à representação da natureza, conectam-no aos aspectos formais da poesia bucólica pastoril do período colonial brasileiro.

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9Q1025693 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.

Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

A pluma (em relação ao cão), a voz (em relação à árvore), e as raízes (em relação ao pássaro) ocupam, nas imagens de que participam, posição análoga ao lugar do que, no verso final, é denominado “o que não tem”.

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10Q1025694 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.

Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

Ao introduzir a imagem dos “homens plantados na lama”, o poeta inicia a construção de uma crítica social a partir dos símiles propostos.

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11Q1025695 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.

Texto para o item.

Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?

Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:

— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:

— Vou desenhar a cara do medo.

Vera se assustou de novo:

— Psiu! fala baixo.


— Por quê?

— Ele pode não gostar da ideia.

— Mas ele ainda anda por aí?

— Acho que sim.

Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:

— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.

O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.

Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.

Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:

Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).


Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.

Devido ao público específico a que se dirige, a literatura infantil brasileira tem um sistema literário próprio, cuja historiografia é distinta da literatura escrita para o público em geral.

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12Q1025696 | Português, Interpretação de Textos, Edital n 31, SEDF, Quadrix, 2022

Texto associado.

Texto para o item.

Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?

Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:

— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:

— Vou desenhar a cara do medo.

Vera se assustou de novo:

— Psiu! fala baixo.


— Por quê?

— Ele pode não gostar da ideia.

— Mas ele ainda anda por aí?

— Acho que sim.

Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:

— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.

O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.

Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.

Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:

Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).


Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.

No trecho, a metalinguagem da narrativa afasta a possibilidade de formação de um leitor-fruidor, como propõe a BNCC para os anos finais do Ensino Fundamental.

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