Duas meta-análises (Pope, 1993; Jonhson, 1994), envolvendo mais de 90 ensaios clínicos, demonstraram que os
AINEs (como ácido mefenâmico, cetoprofeno, cetorolaco,
diclofenaco, piroxicam, valdecoxibe) podem elevar a pressão arterial. Ambas as meta-análises apresentaram maior
elevação da pressão arterial em pacientes hipertensos.
A um paciente hipertenso, que sofreu uma queda e torceu
o tornozelo, foi prescrito diclofenaco sódico. O paciente
está receoso de fazer uso do medicamento por “medo”
de ele aumentar sua pressão arterial, que é controlada
ambulatorialmente com o uso de um agente anti-hipertensivo betabloqueador.
Desse modo, perguntou ao farmacêutico se poderia
substituir o diclofenaco sódico pelo diclofenaco potássico, pois entende que “quanto menos sódio ingerir, melhor
para a sua saúde”, principalmente no que diz respeito à
pressão arterial. A dúvida apresentada pelo paciente citado
✂️ a) não procede, pois ambos diclofenacos são administrados na mesma dose e absorvidos na forma alcalina. ✂️ b) procede, pois as diferentes indicações das formas
sódica e potássica do diclofenaco se devem ao menor
poder hipertensor do diclofenaco potássico. ✂️ c) não procede, pois a porção da molécula que apresenta ação é diferente em cada um dos diclofenacos. ✂️ d) procede, pois somente o diclofenaco sódico age sobre os betabloqueadores. ✂️ e) não procede, pois o diclofenaco potássico e o diclofenaco sódico não apresentam diferenças farmacodinâmicas nem farmacocinéticas significativas.