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DETRAN AC - Prova de Português: Interpretação de Textos (Azul)

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1Q1051943 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

Acesso em: set. 2008. (Adaptado).

No trecho “ ... essa língua secreta chamada português.” (. 24), o texto quer ressaltar que a língua portuguesa

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2Q1051944 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

Acesso em: set. 2008. (Adaptado).

Nos restaurantes a quilo, “...a palavra é supérflua...” (l. 25-26) porque

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3Q1051945 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

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No final do quinto parágrafo, a expressão “Pobres estômagos” dá a entender que

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4Q1051946 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

Acesso em: set. 2008. (Adaptado).

A autora considera que vive a vida dos outros nos momentos em que

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5Q1051947 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

Acesso em: set. 2008. (Adaptado).

Mas acompanhei, acabrunhada, sua conversa ...” (. 60-61)

A palavra destacada pode ser substituída, sem interferir no significado do texto, por

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A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

Acesso em: set. 2008. (Adaptado).

O barulho no local era tão alto que o homem, coitado, saiu rápido.

Indique o único período que mantém exatamente o mesmo sentido da oração apresentada acima, embora com outra estrutura.

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7Q1051949 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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A vida dos outros

Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,

porque meu escritório fica em local muito movimenta-

do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-

ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa

5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser

invenção brasileira) que permite comer na medida cer-

ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de

fazer a escolha.

Mas gosto dos restaurantes a quilo também por

10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.

Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-

dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga

e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar

com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-

15 lavra.

Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-

nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm

qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-

nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-

20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são

também muito frequentados por turistas, pois é um

conforto para eles entrar e comer num lugar em que

não precisam tentar se entender com pessoas que só

falam essa língua secreta chamada português.

25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é

supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –

deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E

por quê? Por culpa do telefone celular.

Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao

30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-

suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-

mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com

o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo

isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres

35 estômagos.

E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao

que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-

sim que a conversa se estabelece, começo a prestar

atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-

40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.

Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-

lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-

ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com

isso.

45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas

conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-

vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-

ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do

fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-

50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-

to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,

segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou

na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-

ção parecia estar ruim), números de série do artigo

55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato

esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer

sem ver aquele assunto resolvido?

Mal ela desligou e já tocava o celular de outra

senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava

60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-

nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-

nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de

vez.

Com o advento do celular, minha vida ficou as-

65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a

minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham

sido as pessoas que perderam esses limites. Porque

a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram

novas regras para acompanhar as transformações.

70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em

vigor, estabelecendo que é falta de educação falar

enquanto se almoça num restaurante (estando ou não

de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso

não acontece, vou vivendo a vida dos outros.


SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.

Acesso em: set. 2008. (Adaptado).

No fragmento “... e repetiu, aos gritos (a ligação parecia estar ruim), números de série...” (. 53-54), o trecho entre parênteses visa a

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8Q1052005 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES: O PREÇO DO TEMPO PERDIDO

Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

“— afinal, como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?” (l. 6-7)

Quem chega atrasado ao trabalho em virtude de problemas no trânsito provavelmente demonstrará

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9Q1052006 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES: O PREÇO DO TEMPO PERDIDO

Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

No primeiro parágrafo do texto são apresentadas as perguntas a seguir.

I – Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa para um compromisso com hora marcada e ver o cronograma estourar por causa do trânsito?

II – ...como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

III – ...será que existe um mecanismo que leve ao cálculo das perdas...?

IV – Quanto custa um engarrafamento? As perguntas a que se refere o trecho “As respostas para estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.” (l. 12-13) são:

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10Q1052007 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

Segundo o estudo do Denatran, entre os fatores que contribuem para o prejuízo causado pelo trânsito NÃO se inclui a(o)

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11Q1052008 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

Observe as afirmativas abaixo.

I – Em São Paulo, as pessoas usam menos o transporte público do que nos outros lugares do Brasil.

II – A solução para o trânsito de São Paulo é aumentar o número de carros particulares.

III – A falta de conforto dos ônibus é uma das causas para o desfavorecimento do seu uso.

De acordo com o texto, está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

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12Q1052009 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES: O PREÇO DO TEMPO PERDIDO

Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

Indique uma afirmação que NÃO está contida no período “Isso sem falar...aquecimento global.” (l. 31-36)

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13Q1052010 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES: O PREÇO DO TEMPO PERDIDO

Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

A palavra que NÃO substitui adequadamente “motivado” na sentença “Quando motivado por acidente, o engarrafamento fica ainda mais caro,” (l. 24-25) é:

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14Q1052012 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

As palavras em destaque NÃO podem ser substituídas pelos pronomes à direita em:

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15Q1052013 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

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TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES: O PREÇO DO TEMPO PERDIDO

Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

Observe o período.

A meta do governo é fazer com que as pessoas usem mais transportes coletivos.

Os verbos destacados no período acima podem ser substituídos, respectivamente, mantendo a correção gramatical, por

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16Q1052014 | Português, Interpretação de Textos, azul, DETRAN AC, CESGRANRIO

Texto associado.

TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES: O PREÇO DO TEMPO PERDIDO

Quem não passou pelo pesadelo de sair de casa

para um compromisso com hora marcada e ver o

cronograma estourar por causa do trânsito? Assim se

perderam viagens, reuniões de negócios, provas na

5 escola e outras oportunidades. Resultado: prejuízo na

certa. Seja ele financeiro ou mesmo moral — afinal,

como fica a cara de quem chega atrasado ao trabalho?

Mas será que existe um mecanismo que leve ao cálcu-

lo das perdas provocadas por estes preciosos minutos

10 gastos dentro de um automóvel — ou transporte coleti-

vo — numa avenida de uma grande cidade brasileira?

Quanto custa um engarrafamento? As respostas para

estas perguntas, infelizmente, ninguém sabe ao certo.

Estudo do Denatran, em parceria com o Ipea, so-

15 bre “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de

Trânsito nas Rodovias Brasileiras” revela que — além

da perda de tempo — a retenção no trânsito provoca

ainda o aumento do custo de operação de cada veículo

— combustível e desgaste de peças. Os congestio-

20 namentos trazem danos também para os governos.

Cidades e estados gastam fortunas com esquemas de

tráfego, engenheiros, equipamentos e guardas de trân-

sito.

Quando motivado por acidente, o engarrafamento

25 fica ainda mais caro, pois envolve bombeiros, ambu-

lâncias, médicos, hospitais, internações, medicamen-

tos, lucros cessantes e, eventualmente, custos fúne-

bres, além das perdas familiares. Nos Estados Unidos,

as autoridades incluíram, no custo financeiro do engar-

30 rafamento, o estresse emocional provocado em suas

75 maiores cidades. Conta final: U$ 70 bilhões/ano. Isso

sem falar nos custos ambientais — é consenso na co-

munidade científica que a queima de combustíveis fó-

sseis, como o petróleo, pelos automóveis é uma das prin-

35 cipais causas de emissões de carbono, um dos causa-

dores do aquecimento global.

A maior cidade do Brasil tem também os maiores

engarrafamentos. A frota da Grande São Paulo atingiu,

em 2008, a marca de seis milhões de veículos. Este

40 número só aumenta: são vendidos cerca de 600 carros

por dia — segundo a Associação Nacional dos Fabri-

cantes de Veículos Automotores (Anfavea). O consul-

tor de tráfego Horácio Figueira só vê uma solução: “É

preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário,

45 as cidades vão parar”, alerta. Enquanto 60% da popu-

lação do país utilizam o transporte público, apenas 47%

dos paulistanos seguem o mesmo exemplo. A falta de

conforto e os itinerários limitados dos ônibus levaram

30% dos usuários a optar pelas vans, realimentando os

50 quilométricos congestionamentos da cidade.

CARNEIRO, Claudio. In: Opinião e Notícia, 20 mar. 2008. Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/transito-nas-grandes-cidades-opreco-do-tempo-perdido. Acesso em: 3 ago. 2009.

Observe a sentença abaixo.

É preciso priorizar o transporte coletivo. Caso contrário, as cidades vão parar.

Marque a opção em que a reescritura causa ALTERAÇÃO de significado.

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