Simulados Português Interpretação de Textos

Polícia Militar SP – Prova de Interpretação de Textos para Sargento

Simulado com questões de prova: Polícia Militar SP – Prova de Interpretação de Textos para Sargento. Resolva online grátis, confira o gabarito e baixe o PDF!

✅ 7 questões
😐 n/d
👥 0
🏆 0
📈 0%

1Q1058003 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Firmo andava pelos oitenta anos, mas quem o visse a cavalo, no campo, não lhe daria tanta idade.

Era um caboclo atirado, musculoso e rijo; grandes olhos negros brilhavam-lhe no rosto queimado pelos verões e os cachos do seu cabelo rolavam-lhe pelos ombros largos.

Velho, embora “ninguém lhe chegava ao pé sem muito jeito”, como ele próprio dizia sorrindo com os seus dentes limados, agudos como pontas de frechas. Apesar de alquebrado e enfermo, andava com arrogância e notava-se-lhe na voz, áspera e forte, o hábito de comando.

Em tempos de festa, quando vinham para a mesma eira moças do lugar e de longe, Firmo saltava na roda, sapateando, rasgando na viola a tirana dos campeiros, e quem ousava pegar no verso do caboclo?! As tabaroas morenas sorriam com os olhos fascinados e unidas desfaziam-se das flores para que o cantador as fosse pisando no sapateado. Por isso Firmo andava sempre de ponta com os companheiros e, mais de uma vez, o descante acabou varrido à faca; mas quem ficasse do lado do caboclo podia estar descansado – nunca fugiu de arrelia, fosse com um, fosse com dez ou mais.


(Coelho Neto, Sertão. Adaptado)



Vocabulário:
tirana: canção
tabaroa: pessoa que vive no interior, na roça
descante: canto
arrelia: confusão, desavença
O objetivo do texto é
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

2Q1058004 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Firmo andava pelos oitenta anos, mas quem o visse a cavalo, no campo, não lhe daria tanta idade.

Era um caboclo atirado, musculoso e rijo; grandes olhos negros brilhavam-lhe no rosto queimado pelos verões e os cachos do seu cabelo rolavam-lhe pelos ombros largos.

Velho, embora “ninguém lhe chegava ao pé sem muito jeito”, como ele próprio dizia sorrindo com os seus dentes limados, agudos como pontas de frechas. Apesar de alquebrado e enfermo, andava com arrogância e notava-se-lhe na voz, áspera e forte, o hábito de comando.

Em tempos de festa, quando vinham para a mesma eira moças do lugar e de longe, Firmo saltava na roda, sapateando, rasgando na viola a tirana dos campeiros, e quem ousava pegar no verso do caboclo?! As tabaroas morenas sorriam com os olhos fascinados e unidas desfaziam-se das flores para que o cantador as fosse pisando no sapateado. Por isso Firmo andava sempre de ponta com os companheiros e, mais de uma vez, o descante acabou varrido à faca; mas quem ficasse do lado do caboclo podia estar descansado – nunca fugiu de arrelia, fosse com um, fosse com dez ou mais.


(Coelho Neto, Sertão. Adaptado)



Vocabulário:
tirana: canção
tabaroa: pessoa que vive no interior, na roça
descante: canto
arrelia: confusão, desavença
Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido figurado.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

3Q1077791 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Pesquisa Fapesp: Como você enxerga as relações
atuais entre indígenas e brancos no Brasil?


Marta: O país tem um racismo enorme contra não brancos, incluindo negros e indígenas. O racismo contra os índios se traduz de duas maneiras. Uma delas deriva dos tempos do colonialismo e os vê como iguais à natureza: são ingênuos, não precisam entrar em universidades e, se usarem celular, deixarão de ser índios. Por muito tempo, no Brasil, se considerou que os indígenas não tinham capacidade de raciocinar, viviam em sociedades simples e se equiparavam a crianças. Por isso, precisavam ser tutelados pelo Estado. O outro tipo de preconceito é o oposto: o índio é selvagem, equiparado a um animal. Isso tudo tem raiz na ignorância da população. O artigo 26-A da Lei Federal nº 9.394, de 1996, torna obrigatório o estudo das histórias e culturas afro-brasileira e indígena. Porém essa prática não está disseminada. Temos mais livros didáticos sobre afro-brasileiros do que sobre indígenas.



(Trecho de entrevista da demógrafa e antropóloga Marta Maria
do Amaral Azevedo da Unicamp à revista Pesquisa Fapesp.
Em: https://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado)
De acordo com a pesquisadora, os indígenas no Brasil
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

4Q1077792 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Pesquisa Fapesp: Como você enxerga as relações
atuais entre indígenas e brancos no Brasil?


Marta: O país tem um racismo enorme contra não brancos, incluindo negros e indígenas. O racismo contra os índios se traduz de duas maneiras. Uma delas deriva dos tempos do colonialismo e os vê como iguais à natureza: são ingênuos, não precisam entrar em universidades e, se usarem celular, deixarão de ser índios. Por muito tempo, no Brasil, se considerou que os indígenas não tinham capacidade de raciocinar, viviam em sociedades simples e se equiparavam a crianças. Por isso, precisavam ser tutelados pelo Estado. O outro tipo de preconceito é o oposto: o índio é selvagem, equiparado a um animal. Isso tudo tem raiz na ignorância da população. O artigo 26-A da Lei Federal nº 9.394, de 1996, torna obrigatório o estudo das histórias e culturas afro-brasileira e indígena. Porém essa prática não está disseminada. Temos mais livros didáticos sobre afro-brasileiros do que sobre indígenas.



(Trecho de entrevista da demógrafa e antropóloga Marta Maria
do Amaral Azevedo da Unicamp à revista Pesquisa Fapesp.
Em: https://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado)
Considere as passagens do texto:

•  O racismo contra os índios se traduz de duas maneiras. •  Por isso, precisavam ser tutelados pelo Estado. •  Isso tudo tem raiz na ignorância da população.

No contexto em que estão empregados, os termos destacados significam, correta e respectivamente:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

5Q1077796 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Não sei, Marília, que tenho,
depois que vi o teu rosto,
pois quanto não é Marília
já não posso ver com gosto.
Noutra idade me alegrava,
até quando conversava
com o mais rude vaqueiro:
hoje, ó bela, me aborrece
inda o trato lisonjeiro
do mais discreto pastor.
Que efeitos são os que sinto?
Serão efeitos de amor?


(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Nos versos, o eu lírico reconhece uma transformação em sua vida, cuja possível causa é
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

6Q1077797 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Não sei, Marília, que tenho,
depois que vi o teu rosto,
pois quanto não é Marília
já não posso ver com gosto.
Noutra idade me alegrava,
até quando conversava
com o mais rude vaqueiro:
hoje, ó bela, me aborrece
inda o trato lisonjeiro
do mais discreto pastor.
Que efeitos são os que sinto?
Serão efeitos de amor?


(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Nos versos “com o mais rude vaqueiro: / hoje, ó bela, me aborrece”, os termos destacados são respectivamente antônimos de
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

7Q1077798 | Português, Interpretação de Textos, Sargento, Polícia Militar SP, VUNESP, 2022

Texto associado.
Não sei, Marília, que tenho,
depois que vi o teu rosto,
pois quanto não é Marília
já não posso ver com gosto.
Noutra idade me alegrava,
até quando conversava
com o mais rude vaqueiro:
hoje, ó bela, me aborrece
inda o trato lisonjeiro
do mais discreto pastor.
Que efeitos são os que sinto?
Serão efeitos de amor?


(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Organizado em uma oração interrogativa e com o verbo flexionado no futuro, o verso final do poema – Serão efeitos de amor? – expressa uma
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

🖨️ Salvar PDF

Deixe seu comentário

Participe, faça um comentário.

Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para aprimorar sua experiência de navegação. Política de Privacidade.