“Nos últimos anos, o ensino de Língua Portuguesa vem passando por reformulações teóricas e metodológicas. Dentre elas, muito se tem enfatizado, em propostas curriculares, políticas de avaliação do ensino, de formação do professor, de análise de materiais didáticos, dentre outras, a necessidade de desenvolver as capacidades comunicativas dos alunos em diferentes tipos de situação de uso da linguagem, com o objetivo de ampliar suas possibilidades de participação na vida em sociedade. Grande parte dessas reformulações é fundamentada por uma visão discursiva da linguagem. ”
Levando em consideração as suas reformulações teóricas e metodológicas, o ensino atual de Língua Portuguesa propõe o, EXCETO :
a) deslocamento do eixo do ensino da língua materna, de um ensino descritivo, normativo, que prioriza a análise da língua e a gramática, e se faz por uma metodologia transmissiva, para um processo de ensino e aprendizagem em que são valorizados os usos da língua escrita, em leitura e redação, e em que há lugar também para uma reflexão gramatical ligada a esses usos.
b) eixo central do processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa não mais como os conteúdos curriculares relativos a essa disciplina, mas que passe a ser as capacidades comunicativas necessárias à produção/compreensão de textos orais e/ou escritos em diferentes contextos sociais de uso.
c) entendimento da linguagem como atividade social, como forma de ação entre sujeitos, como lugar de interação, dentro de um determinado contexto social de comunicação, uma visão de linguagem que concebe o texto oral e/ou escrito como o produto linguístico da interação entre os sujeitos.
d) predomínio de atividades que tomam o texto como produto isolado de seu processo de produção, e não como o objeto que se atualiza no aqui/agora do processamento discursivo, quer seja no ato de sua produção quer seja no ato de sua compreensão.