“Nos últimos anos, o ensino de Língua Portuguesa vem passando por reformulações teóricas e metodológicas. Dentre elas, muito se tem enfatizado, em propostas curriculares, políticas de avaliação do ensino, de formação do professor, de análise de materiais didáticos, dentre outras, a necessidade de desenvolver as capacidades comunicativas dos alunos em diferentes tipos de situação de uso da linguagem, com o objetivo de ampliar suas possibilidades de participação na vida em sociedade. Grande parte dessas reformulações é fundamentada por uma visão discursiva da linguagem. ”
Levando em consideração as suas reformulações teóricas e metodológicas, o ensino atual de Língua Portuguesa propõe o, EXCETO :
✂️ a) deslocamento do eixo do ensino da língua materna, de um ensino descritivo, normativo, que prioriza a análise da língua e a gramática, e se faz por uma metodologia transmissiva, para um processo de ensino e aprendizagem em que são valorizados os usos da língua escrita, em leitura e redação, e em que há lugar também para uma reflexão gramatical ligada a esses usos. ✂️ b) eixo central do processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa não mais como os conteúdos curriculares relativos a essa disciplina, mas que passe a ser as capacidades comunicativas necessárias à produção/compreensão de textos orais e/ou escritos em diferentes contextos sociais de uso. ✂️ c) entendimento da linguagem como atividade social, como forma de ação entre sujeitos, como lugar de interação, dentro de um determinado contexto social de comunicação, uma visão de linguagem que concebe o texto oral e/ou escrito como o produto linguístico da interação entre os sujeitos. ✂️ d) predomínio de atividades que tomam o texto como produto isolado de seu processo de produção, e não como o objeto que se atualiza no aqui/agora do processamento discursivo, quer seja no ato de sua produção quer seja no ato de sua compreensão.