
Sucessão Espanhola?
A Guerra de Sucessão Espanhola iniciou devido a disputa pelo trono espanhol após a morte do rei Carlos II, entre os Bourbons e os Habsburgos.
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Este conflito marcou o inicio do século XVIII, entre os anos de 1702 a 1714 e teve como questões secundárias o envolvimento também de outras nações europeias como a França e a Inglaterra que enfrentaram se na disputa pelo poder hegemônico.
Os antecedentes do conflito: a morte do rei Carlos II
O rei Carlos II, era casado com a princesa da França Maria Luísa e estes não tinha deixados herdeiros para governar o trono espanhol na linha de sucessão. Na perspectiva de unir o trono francês ao espanhol, o rei da França Luís XVI desejava deixar o trono espanhol ao seu neto Felipe V.
No entanto, as nações europeias não aprovavam as possíveis união entre ambos os tronos.
Um acordo anterior tinha definido pelo rei Luís XIV da França e pelo rei inglês William III, que o príncipe da Bavária, José Ferdinando, iria ter o controle da coroa espanhola, caso houvesse concessão das regiões de Nápoles, Sicília e Milão para a linha sucessória do trono francês.
O rei Carlos II não aprovou esse acordo e decidiu que iria destinar o seu trono ao José Ferdinando, mas sem conceder as terras.
Contudo, o plano de Carlos II para evitar possíveis conflitos não pode ser colocado em prática, pois José Ferdinando morreu repentinamente.
Em 1700 houve um novo acordo entre a França, Inglaterra Holanda, este previa o controle de Nápoles, Sicília e Milão ao rei francês e o novo rei da Espanha seria o Arquiduque Charles.
Mas a linha sucessória espanhola não aprovou tal acordo e reivindicaram a passagem do trono de Carlos II a Felipe V, aceitando a união entre as dinastias da França e da Espanha.
Do outro lado, Inglaterra, Portugal e Holanda também não aprovaram o Arquiduque Charles, pois este era oriundo do Sacro – Império Germânico e poderia destinar os domínios a dinastia de Habsburgo.
De igual modo, a Inglaterra e a Holanda temiam a ascensão econômica da França que poderia intervir e atrapalhar no crescimento dos seus interesses econômicos.
O rei Carlos II deixou em testamento que o próximo a assumir a coroa espanhola seria Felipe de Bourbon, neto de Luís XIV da França que viria a se torna o rei Felipe V.
O conflito: Guerra de Sucessão Espanhola
O clima se tencionou, pois ter um rei na dinastia Bourbon na coroa espanhola preocupada outras nações europeias que eram governados por outras dinastias, principalmente a Casa dos Habsburgos.
Somado a isso, outra questão os preocupava, o fato de o rei Luís XIV logo teria que escolher o seu sucessor, e este poderia ser o seu neto que foi reconhecido como rei da Espanha.
Isto é, a tensão era motivada pela possibilidade de Felipe V se tornar rei de ambas as coroas.
Para tentar barrar tal ação, formou se a Grande Aliança e assinatura em setembro de 1701 do Tratado de Haia, este acordo unia algumas nações que se colocaram contra o reinado de Felipe V, entre estas estavam:
- Áustria, Inglaterra, Holanda, Suécia, Dinamarca e outras regiões da Alemanha.
Felipe V em uma das batalhas da Guerra de Sucessão Espanhola.
Com essa tensão temos o inicio do conflito que irá emergir no norte da Itália (ainda não unificada), se dissipando para os Países Baixos, o norte da França, os principados da Alemanha e a Península Ibérica.
Em 1704 houve a Batalha de Blenheim na Bavária, onde as tropas holandesas derrotaram os franceses. Posteriormente em 1707 houve a batalha de Malplaquet que marcou a vitória da Grande Aliança e o abatimento da França e da Espanha.
Quanto tempo durou a Guerra de Sucessão Espanhola?
A guerra durou onze anos e envolveu diversas nações europeias. O conflito só teve seu fim através da assinatura entre a França, Inglaterra e Holanda do Tratado de Paz de Utrecht em 1714.
Neste acordo, a Espanha que perdeu as batalhas para as tropas da Inglaterra e da Holanda, firmou a sua renuncia de ambição ao trono da França e concederam territórios as nações que saíram vitoriosas.
De igual forma, a França também teve que assinar o mesmo tratado, já que esta tinha apoiado a Espanha durante o conflito.