
chegada dos europeus a África
O Périplo africano se refere às diversas viagens marítimas realizadas no contexto da expansão marítima europeia e do mercantilismo, pelo Mar Mediterrâneo e pela costa do continente africano, empreitadas pelos navegadores portugueses no século XV, com a finalidade de buscar um caminho estratégico para chegar as Índias.
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É nesse momento no século XVI que os portugueses chegaram à África e iniciaram a exploração do continente, tanto das matérias-primas como também da mão-de-obra escravizada.
A navegação portuguesa e o início do Périplo africano
Os portugueses foram os primeiros a se arriscaram nas aventuras marítimas nos mares desconhecidos. Estes foram pioneiros, devido a sua posição geográfica estratégica e, sobretudo pelas suas tecnologias e conhecimentos na área da navegação.
O principal estímulo da navegação portuguesa ocorreu com a Escola de Sagres, fundada pelo Infante Dom Henrique.
Imersos no contexto da formação dos estados nacionais europeus, no mercantilismo e na busca por novas matérias-primas e mão-de-obra barata, os portugueses realizaram a suas viagens.
Em 1415, com a sua chegada a Ceuta, estes iniciaram o périplo africano e interromperam as relações e experiências africanas que eram vivenciadas até o momento.
Os navegadores portugueses que ficaram mais conhecidos pelas suas aventuras na África foram: Vasco da Gama, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Pero da Covilhã e Gil Eanes.
Rota da primeira viagem de Vasco da Gama.
Dentre as regiões africanas que foram conquistadas por esses navegadores podemos destacar: Ceuta, Cabo Bojador, Rio do Ouro, Cabo Branco, Cabo Verde, Mina, Congo, São Tomé, Cabo das Tormentas, Moçambique, Mombaça, Melinde, Ascensão, Santa Helena e entre outros locais.
A chegada dos europeus no continente africano
Por volta do século XV, teremos a chegada dos europeus no continente africano a partir das navegações portuguesas.
Esse acontecimento histórico gerou diversas consequências para o continente, como também para a história dos africanos e a própria história do Brasil na sua relação com a África.
Num primeiro momento, o continente africano era utilizado apenas como caminho alternativo para as navegações rumo a Ásia, contudo, a partir de 1460 com o lucrativo comércio de africanos escravizados que ia da região do Senegal até a à Serra Leoa, esta condição modificou- se.
A chegada dos europeus marcou o cerceamento do desenvolvimento interno do continente e deu inicio aos novos arranjos econômicos e rearticulações políticas, tendo como motor o capitalismo inicial, o comércio transatlântico e, sobretudo a suposta superioridade europeia que se expressava e ainda se expressa através do eurocentrismo.
Ao chegar às novas terras, os colonizadores portugueses fundavam feitorias com o objetivo de ocupar e proteger o seu território. Nessas feitorias ficavam os portugueses que iriam estabelecer a comunicação e a troca de mercadorias com os africanos.
Foi somente em 1462 que o navegador Pedro Sintra encontrou as primeiras jazidas de ouro no continente. Estas jazidas logo se tornaram monopólio da coroa portuguesa em 1481, a partir do decreto do rei Dom João II.
Com esses acontecimento, somado ao comércio de africanos escravizados, a ocupação do continente africano pelos portugueses deixou de ser apenas de exploração e se tornou uma colonização de povoamento com o objetivo de construir táticas lucrativas.