Uma secundigesta de 32 anos, 35 semanas de idade gestacional,
com parto normal anterior sem intercorrências, foi encaminhada
à dermatologia com erupção cutânea e intenso prurido no
abdômen. O acompanhamento pré-natal foi regular, sem
qualquer queixa clínica ou obstétrica. Ao exame, presença de
pápulas eritematosas que se confluem em placas edematosas em
todo o abdômen, poupando a área do umbigo. Posteriormente,
as lesões se estenderam às regiões glútea e proximal das coxas.
Foram prescritos anti-histamínico oral, corticoide tópico e
hidratantes, com melhora do quadro. A paciente evoluiu para
parto cesariano devido a distocia de posição fetal. Em menos de
48 horas pós-parto, as lesões cutâneas regrediram, com
resolução do quadro.
A afecção descrita no caso clínico:
✂️ a) ocorre novamente nas gestações futuras, tipicamente com
quadro mais precoce e intenso; ✂️ b) decorre de defeito na excreção dos ácidos biliares, resultando
no aumento de seus níveis séricos; ✂️ c) apresenta exacerbações do quadro com o parto, em
aproximadamente 75% das pacientes; ✂️ d) cursa com aumento do risco de prematuridade e recémnascidos pequenos para a idade gestacional; ✂️ e) ocorre principalmente em mulheres primíparas e tem risco
aumentado de ocorrer em gestações gemelares.