Uma criança de 8 anos foi levada a consulta em uma unidade
básica de saúde com queixa de baixo rendimento escolar e
"apagões". Após colher a anamnese, e suspeitando de um
diagnóstico, o médico fez a manobra de hiperventilação. Durante
a
manobra, a criança apresentou breves interrupções de
consciência: ela ficava ausente e estática por alguns segundos e,
em seguida, retornava ao ponto em que ocorrera a perda de
consciência. Esses episódios breves eram acompanhados de
discretos movimentos das pálpebras. Os pais relataram que esses
episódios ocorriam várias vezes ao dia, mas que, devido à sua
curta duração, tiveram dificuldade em observá-los. A paciente foi
tratada com sucesso pelo médico da UBS com medicação
antiepiléptica (etossuximida). No entanto, a mãe relatou a
ocorrência de um fenômeno estranho após o início da
medicação: a criança passou a ver coisas que não existiam e
acreditava nessas coisas que só ela via.
A melhor conduta frente a esse caso é:
✂️ a) tratar essa criança com metilfenidato, pois ela não é epilética
e sofre de déficit de atenção; ✂️ b) trocar a droga antiepiléptica pela carbamazepina, pois trata-se de crise focal associada a episódios de ansiedade; ✂️ c) administrar haloperidol, pois a paciente é de fato esquizofrênica; ✂️ d) trocar a droga antiepilética para o ácido valproico, pois a criança apresenta crises generalizadas; ✂️ e) tratar com risperidona e metilfenidato, pois a criança sofre de déficit de atenção e esquizofrenia.