O Índice do Estado Trófico (IET) tem por finalidade classificar corpos dágua em diferentes graus quanto à qualidade da água e quanto ao seu enriquecimento por nutrientes, além de verificar o efeito do crescimento excessivo das algas ou do aumento da infestação de macrófitas aquáticas. De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), as águas são classificadas em seis classes, segundo o seu estado trófico, conforme se pode verificar no quadro. As características de um corpo dágua hipereutrófico são:
a) produtividade muito baixa e concentrações insignificantes de nutrientes, não acarretando prejuízos aos usos da água.
b) produtividade baixa, com pouca concentração de nutrientes em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes.
c) produtividade alta em relação às condições naturais, com redução da transparência e, em geral, afetado por atividades antrópicas, nas quais ocorrem alterações indesejáveis na qualidade da água, decorrentes do aumento da concentração de nutrientes e das interferências nos seus múltiplos usos.
d) produtividade alta em relação às condições naturais, baixa transparência e, em geral, afetado por atividades antrópicas, nas quais ocorrem com frequência alterações indesejáveis na qualidade da água, como, por exemplo, episódios de florações de algas e de interferências nos seus múltiplos usos.
e) concentrações elevadas de matéria orgânica e de nutrientes, que, associados às aflorações de algas ou à mortandade de peixes, apresentam consequências indesejáveis para os múltiplos usos da água, inclusive sobre as atividades pecuárias nas regiões ribeirinhas.