Considere o seguinte texto:
Ex•tin•ção
Extinguir é apagar um incêndio. Essa é a primeira acepção do verbo latino “exstinguere”, daí o nosso “extintor” vermelhinho.
O fogo aparece exaustivamente como metáfora do amor e da vida: “que não seja imortal, posto que é chama”, reza o verso de
Vinicius de Moraes; “a chama dele se apagou”, dizemos quando alguém morre. E assim o sentido de “extinguir” também se alastra,
de “apagar a vida do fogo” para “apagar o fogo da vida”. […]
Hoje, um dos maiores incêndios que o homem precisa apagar é a própria extinção: o apagamento iminente de 1 milhão de
espécies de animais e vegetais do planeta. Nunca na história da humanidade tantos seres vivos estiveram ameaçados, conforme
mostra o relatório lançado em maio de 2019 pela IPBES, uma plataforma de pesquisa das Nações Unidas. Extinguir também é
destingir: o mundo vai perdendo seu colorido e ficando desbotado.
Quase sempre, entendemos “extinguir” como verbo reflexivo, e isso nos leva a acreditar que as espécies se extinguem
sozinhas. Ou ainda adotamos uma frase feita na voz passiva, “as espécies estão ameaçadas de extinção”, que omite o agente:
ameaçadas por quem?
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/lexico/2019/06/09/A-chama-que-o-homem-apaga.-E-com-ela-vai-a-vida-no-planeta. Adaptado.
Do último parágrafo do texto, é possível depreender a definição de verbo reflexivo e de voz passiva: ação do sujeito
que reflete sobre ele mesmo e ação em que se omite o agente, respectivamente. O autor utiliza a construção desse
parágrafo para:
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