Após 21 anos de ditadura, em março de 1985, José Sarney
assumiu a presidência do Brasil com a tarefa de redemocratizar o
país. A economia brasileira enfrentava a maior taxa de inflação da
história. Havia uma falta de consenso entre os economistas sobre
as causas da inflação e uma indefinição sobre as formas de
combatê-la. Por fim, três grandes planos foram postos em prática
entre 1986 e 1990, sem resolver o problema.
Nesse contexto, é correto afirmar que:
✂️ a) o Plano Cruzado propôs um “choque heterodoxo”, e suas
principais medidas foram: criação do Cruzado (Cz$);
congelamento de preços; reajuste salarial pela média dos
últimos seis meses e criação do gatilho salarial; e substituição
das ORTNs por OTNs e do IPCA pelo IPC; ✂️ b) o Plano Bresser, de caráter marcadamente ortodoxo, visava
promover um choque desinflacionário na economia por meio
de desvalorizações cambiais, congelamento de preços e
salários, reajustes trimestrais com base na inflação do
período, corte de subsídios e política monetária ativa; ✂️ c) o fracasso do Plano Cruzado pode ser creditado ao
congelamento de preços, que, posto em prática por pouco
tempo, não foi suficiente para evitar os efeitos redistributivos
da inflação, e ao excesso de demanda e incapacidade de
investir o suficiente para aumentar a oferta no curto prazo; ✂️ d) o Plano Verão, lançado em janeiro de 1989, previa restrição
ao crédito e suspensão da correção monetária para prazos
inferiores a 90 dias, criação do Cruzeiro Novo com paridade
ao dólar, cortes de gastos, redução de pessoal e um programa
de privatizações como forma de resolver o desequilíbrio fiscal
crônico; ✂️ e) o Plano Cruzado previa novas modalidades de caderneta de
poupança, proibição de contratação de funcionários públicos,
redução de gastos públicos, reajuste de preços de serviços de
setores específicos (combustíveis, automóveis e cigarros),
elevação de impostos, incentivos fiscais e desvalorização
cambial para estimular exportações.