Paciente com câncer de ovário avançado, metastático,
resistente a platina, com seis linhas de tratamento após
a recidiva. Há cerca de três meses, foi realizada colostomia por quadro de obstrução intestinal, que parou de
funcionar por dois dias. Refere que exames realizados
há uma semana mostraram nova progressão da doença
e procura o atendimento médico por quadro de dor abdominal intensa, vômitos e parada da eliminação de gases
e fezes há dois dias, além de piora da dispneia e astenia. A paciente é lúcida, orientada, tem compreensão do
seu diagnóstico, estadiamento e refere já ter conversado
com seu médico sobre o desejo de passar seus últimos
momentos com a família, sem suporte intensivo, mas
tem filhos pequenos e prefere que esse momento seja
no ambiente hospitalar e deseja receber apenas medidas de conforto a partir desse momento. Ao exame físico,
apresenta-se caquética, afebril, com sinais de obstrução intestinal maligna, estável hemodinamicamente e
oximetria com saturação de O2 
 de 92%. Nesse caso, após
a confirmação dos dados com o médico da paciente,
deve-se
  ✂️         a) dar alta para o domicílio; não faz sentido utilizar um
leito hospitalar se a pacientes não aceita medidas
invasivas.      ✂️         b) instalar imediatamente sedação, pois o quadro é
irreversível.      ✂️         c) proceder a internação e iniciar medidas clínicas para
controle dos sintomas, como analgesia, antieméticos
e se, necessária, sedação.      ✂️         d) internar a paciente em Unidade de Terapia Intensiva,
com indicação de medidas invasivas nas primeiras
48 horas.      ✂️         e) esclarecer que só após o posicionamento dos familiares, marido e pais, pode-se atender ao seu desejo
de não se submeter a medidas invasivas.