Homem de 62 anos, com queixa de dispneia progressiva
há 6 meses, com piora significativa nas últimas semanas, deu entrada no serviço de emergência com estridor
e saturação de O2
= 96%. Negava história prévia de
intubação orotraqueal. Foi submetido a broncoscopia,
com achado de lesão bocelada em 1/3 médio da traqueia
a 6 cm das pregas vocais, sendo a lesão intransponível
ao aparelho. A tomografia mostrou uma lesão localizada
no 1/3 médio da traqueia, com cerca de 5 cm de extensão. A biópsia mostrou tratar-se de um carcinoma adenocístico.
Assinale a alternativa correta quanto à melhor conduta
em relação a esse paciente.
✂️ a) Iniciar tratamento com radioterapia, pois a extensão
do tumor não permite ressecção. ✂️ b) Nessa neoplasia, a extensão tumoral pela submucosa
raramente propicia ressecção R0, e o prognóstico de
sobrevida é muito curto, apesar de haver razoável
resposta a quimioterapia, porém com altas taxas de
recorrência. ✂️ c) Nessa neoplasia de extrema agressividade, o cirurgião deve ressecar a lesão por completo mesmo que
a anastomose seja de risco. ✂️ d) Ressecção cirúrgica com anastomose; se as margens forem positivas, a complementação terapêutica
se faz com radioterapia, e o prognóstico é favorável. ✂️ e) Pela extensão do tumor, a melhor conduta seria a
ressecção endoscópica seguida de quimioterapia.