A resistência aos antimicrobianos pode ocorrer por diferentes mecanismos, tais como: alteração da permeabilidade celular ao antimicrobiano; expulsão do antimicrobiano por bombas de efluxo; alteração do sítio de ação do
antimicrobiano e inativação enzimática do agente antimicrobiano. Quanto às características desses mecanismos,
é correto afirmar:
✂️ a) resistência adquirida: é uma característica intrínseca
de determinada espécie ou gênero bacterianos em
que todos os indivíduos de um mesmo gênero ou
espécie apresentam resistência a um determinado
agente antimicrobiano, devido a particularidades
estruturais ou funcionais. ✂️ b) remoção do antimicrobiano por bombas de efluxo: os
sistemas de efluxo atuam na remoção de compostos tóxicos do entorno da célula bacteriana. Podem
estar presentes em bactérias Gram-negativas e
Gram-positivas, sendo mais relevantes neste último
grupo, e não estão presentes nas micobactérias. ✂️ c) alteração da permeabilidade celular ao antimicrobiano: devido à permeabilidade ilimitada da membrana externa, que é uma característica adquirida,
os bacilos Gram-positivos se tornam resistentes a
vários antimicrobianos, como penicilina, eritromicina,
clindamicina e vancomicina. ✂️ d) modificação ou inativação enzimática do agente antimicrobiano: é o principal mecanismo de resistência
em bacilos Gram-positivos. As enzimas utilizam três
estratégias químicas para inativar o antimicrobiano:
transferência de grupos químicos (ocorre em diferentes classes de fármacos), mecanismos de oxidação
(ocorre com os β-lactâmicos) e hidrólise (ocorre principalmente com as tetraciclinas). ✂️ e) alteração do sítio de ação do antimicrobiano: pode
ocorrer por mutações em genes que codificam as
proteínas-alvo, levando à ausência, alteração da
estrutura ou da expressão do sítio de ação; ou por
aquisição de genes que codificam alguma proteção
ao sítio de ação.