Durante seu plantão em uma Unidade de Terapia Intensiva, uma psicóloga hospitalar é acionada para atender
a família de um paciente em estado grave, intubado e
sem previsão de melhora. A equipe médica já comunicou
à família o prognóstico reservado. A esposa do paciente
manifesta sentimentos de culpa, raiva e medo, e solicita
“respostas mais concretas” sobre a evolução clínica do
marido.
Com base na obra de B. W. Romano (2001), essa situação exige do psicólogo
✂️ a) o encaminhamento imediato da família ao serviço
de psiquiatria, dado que reações como raiva e culpa
diante de situações extremas demandam prescrição
de medicação que não cabe à psicologia hospitalar
autorizar. ✂️ b) a mediação da comunicação entre equipe médica
e família, atuando como facilitador do vínculo, acolhendo emoções, escutando demandas e promovendo suporte diante da vivência de perda iminente. ✂️ c) a explicação clara sobre os protocolos médicos e o
quadro clínico do paciente, para garantir que a família tenha informações suficientes para compreender
tecnicamente a gravidade da situação. ✂️ d) a intervenção com foco na resignação emocional
da família, utilizando técnicas de dessensibilização
para reduzir o impacto emocional da possibilidade de
morte do paciente sobre os familiares. ✂️ e) a delimitação de sua atuação ao paciente, considerando que o cuidado psicológico aos familiares
extrapola os limites éticos da psicologia clínica hospitalar em caso de paciente internado em unidade
de terapia intensiva.