"Na situação contemporânea, talvez seja mais
adequado se falar em ‘filosofias’, pois, face à sua
dispersão, a Filosofia não mais se apresenta
como um corpo de saber e, assim, não se propaga
da mesma forma como um saber se transmite;
isto é, apenas por aquisição. A atual
disseminação da Filosofia - a mobilidade que
muda de lugar o seu ‘assunto’ - ao mesmo tempo
que indicia uma certa perda de vigor no ensino
escolar garante a sua vigência como requisito
indispensável para a articulação de teorias e
estratégias culturais, políticas, científicas,
pedagógicas e artística”.
(FAVARETO, Celso F. "Notas sobre ensino de Filosofia". In:
ARANTES, Paulo Eduardo, et alii. A filosofia e seu ensino. São
Paulo: EDUC, 1993, p. 77).
Com base na reflexão acima e suas possíveis
consequências, analise as afirmativas abaixo.
I. O texto apresenta uma crise da Filosofia, porém,
independente da perda de seu assunto
instituído, provoca a sua valorização e o
desenvolvimento de novos estilos de Filosofar.
II. A escolha do programa, por ser este
necessariamente aberto, pode ser desenvolvido
por qualquer professor, desde que tenha um
conhecimento panorâmico das “Histórias das
Ideias” e das “Ciências Humanas”.
III. O importante não é a discussão sobre opções
de conteúdo: informações, rede conceitual,
problemas, mas sim, o que possa garantir a
entrada nos procedimentos filosóficos; isto é, à
produção da familiaridade com um modo de
linguagem que articula fabricação de conceitos,
argumentação, sistematicidade e significação.
IV. O importante para um programa de Filosofia é
estabelecer recortes efetuados na tradição
conhecida como História da Filosofia, no elenco
das áreas filosóficas tradicionais e atuais.
Estão corretas as afirmativas:
✂️ a) I e IV apenas ✂️ b) I, II e IV apenas ✂️ c) I, II e III apenas ✂️ d) I, III e IV apenas ✂️ e) I, II, III e IV