Segundo Marcuse, a estética é uma experiência
fundamental para o processo de libertar a
consciência e o comportamento dos indivíduos.
A arte torna-se uma “fantasia”, na qual o
“aparente” desvela a verdade das coisas. Para
Marcuse, a arte se manifesta diante das
contradições internas e externas, buscando a
contraposição com a representação da forma
estética. Na expressão do próprio Marcuse:
“A separação da arte do processo da produção
material deu-lhe a possibilidade de desmistificar a
realidade reproduzida neste processo. A arte
desafia o monopólio da realidade estabelecida em
determinar o que é ‘real’ e fá-lo criando um mundo
fictício que, no entanto, é ‘mais real que a própria
realidade’.”
(Fonte: MARCUSE, H. A dimensão estética. Trad.
Maria Elisabete Costa. Lisboa: Edições 70, 1999; p. 33).
Refletindo sobre o texto acima e a Teoria Estética
de Marcuse em geral, assinale a alternativa correta.
✂️ a) Atribuir qualidades não conformistas, autônomas
da arte à forma estética é compreendê-las como
“arte engajada”, cujo fim, é preparar as
consciências para a Revolução Proletária ✂️ b) A arte tem a sua própria linguagem e ilumina a realidade por meio desta outra linguagem ✂️ c) A arte tem sua própria dimensão de afirmação e negação, uma dimensão que é coordenada com o processo social de produção ✂️ d) Não é possível transferir a ação de Hamlet ou de
Ifigênia do mundo palaciano das classes
superiores para o mundo da produção material;
também não se pode mudar o enquadramento
histórico e modernizar a intriga de Antígona. A arte
é produto de suas forças históricas ✂️ e) Não existem verdades trans-históricas, universais na arte. Ela é a consciência de uma classe particular, e não a dos seres humanos enquanto “seres genéricos”, desenvolvendo todas as suas faculdades de valorização da vida